Meu primeiro livro virtual

sábado, 29 de novembro de 2008

Livre Arbítrio

Vida

Soletrando: Livre arbítrio

José Hamilton da Costa Brito
Quarta-feira - 26/11/2008 - 03h01

José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras

Livre arbítrio é o poder que temos de escolher nossas ações.
O ser humano tem liberdade para pensar e direcionar os seus atos, obedecendo aos valores que recebeu e aos que adquiriu com sua evolução. Tanto a filosofia como a ciência têm o livre arbítrio como objeto de considerações e estudos. Os indivíduos são considerados responsáveis por suas ações.
Nossos atos serão aceitos, ou não, segundo a postura ética do tempo e do grupo social.
Considerando que o iluminismo nos concita a pensar para determinar nossas ações, é preciso que estas se coadunem com os princípios vigentes para que não soframos recriminações. Não creio que o determinismo possa ser considerado nessa questão, pois somos seres únicos no universo e somente nós, com nossas características individuais, podemos pensar e agir. Para o bem ou para o mal, eu sou eu e nada mais e o que faço ou deixo de fazer é responsabilidade minha.
Mas há quem diga que esse negócio de livre arbítrio não existe, que somos escravos de uma estrutura que nos tira a capacidade de escolher nossas ações. Quais valores determinam mais a nossa vida? Consideramos mais importante o resultado ou o meio de consegui-lo?
É verdade que existe uma ética de resultados determinando nossos atos, que no mundo dos negócios, da política, dos esportes, no mundo social o resultado impera, mas dizer que antes dele não haja bons princípios que os determinem é, como se diz popularmente, jogar o mundo na roça, descrer no semelhante.
A pessoa até pode errar propositalmente para conseguir um resultado, mas sua consciência será a primeira a lhe atirar a primeira pedra; prova de que poderia agir diferente, ou seja, usar a sua liberdade de escolha.
Compromisso com o princípio do amor, da fidelidade, da liberdade, da verdade deve determinar nossas ações. Ah! A verdade tem um poder destruidor incomensurável... A verdade, mesmo que doa.
A verdade constrói... Sempre.
É possível viver seguindo concomitante a ética de princípio e a de resultado?Bem... Nada que um mea culpa, mea máxima culpa não resolva.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

AH! EU TAMBÉM TENHO A MINHA




Carteira de saudade

Nessa vida, todos têm

São emoções misturadas

Umas boas, outras danadas

E quase sempre há um quem.

Na minha carteira de fatos

Um conduz-me à adelescência

Adquirindo ciência

Nos meus tempos de I.E

Me ocorreu doçe saudade

E nela...está você.

Perdão, te peço, senhora

O tratamento informal

Me falta o diabo da rima

Mas juro, não fiz por mal.

Hoje, tenho como orgulho

Ao teu grupo, pertcncer

Agora faço parte

do grupo experimental.

Mistura de bons sentimentos

E de saudável alegria

Afinal, estou ao lado

da minha mestra de geografia.

Queria ser um poeta

Pra revelar toda emoção.

Ah ! se eu fosse um Consolaro

Ou uma Rita Lavoyer

Ai sim, sairia uma obra

Mais dígna de se ler.


Histórico: Reencontrei anos mais tarde, no grupo experimental da academia Araçatubense de letras, a minha ´professora de geografia dos tempos de ginásio no I.E. Maria Luzia Vilella é Acadêmica de letras mas está sempre no grupo experimental passando experiência e incentivando, assim como o Acadêmico e amigo professor Hélio Consolaro. Que sirvam de exemplo. Falar em cultura é facil, fazê-la...


José Hamilton

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COM TODO RESPEITO!!


COM RESPEITO

Eu escuto a todo instante
Conceitos sobre literatura.
São regras e contra-regras
Querendo torná-la mais pura.
Pululam os entendidos
Mas sobra muita frescura.
Que, falando sobre poesia,
Tirando de lado a azia
Em nada a depura.
Na verdade esta cambada
Não Sabe é poetar...
Enfim, me surge um malandro.
Duchamp ou algo assim
Que estando c¨o saco cheio
Coloca no papo, um fim.
Dizendo que arte é arte
Não tem boa nem ruim
Que esse povo da sabedoria
È tudo, mesmo, porcaria.
E se você só entende de teoria
Deixa o povo poetar
Não tens nada pra fazer?
Vai a bunda, do pai, coçar.
Tenha em mente, Oh!sabichão
O importante é a emoção
E se essa leva ao pensar
Seu escopo logrou alcançar.


José hamilton brito

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

SONHANDO


AS VEZES EU ME PERGUNTO

COMO PODERIA TER SIDO

TIVESSE EU VIVIDO, OUTRORA

NUM TEMPO, QUE NAO O AGORA.

EM UM MUNDO HÁ MUITO IDO.

COMO? MAS COMO MESMO...

INVENTO OS MEUS PERSONAGENS

CRIO ALGUMAS IMAGENS

E CONSTRUO UMA HISTÓRIA.

ME FAÇO ENTÃO UM SOFRIDO,

ESCÓRIA, PERSEGUIDO,

AMANDO A PRINCESA DA CORTE.

COMO O MUNDO NÃO MUDA

SEMPRE HAVERÁ DISCRIMINAÇÃO

E, SE DA PRINCESA, QUERO A MÃO

COM DEUS , MAIS C¨O DIABO

VOU ENTRAR EM CONFUSÃO

E AI, ME VEJO DE HEROI

DISPOSTO A MATAR E A MORRER

EM DEFESA DO MEU AMOR.

ME VEM, N O SONHO O DESEJO

DE DAR O ÚLTIMO BEIJO

ANTES DA MINH¨ALMA ENTREGAR.

QUANDO MINHA BOCA SE APROXIMA

NÃO SEI QUE DIABO DE SINA

O TELEFONE SE PÕE A TOCAR

MANDO-O PRA PUTA QUE O PARIU

E VOLTO,DE NOVO, A SONHAR




José Hamilton brito



AH! O TEMPO


Ah! o tempo não é nada.

Mas pudesse eu controlá-lo...

Se não tivesse passado

tanto tempo,

entre o meu

e o teu tempo,

eu teria mais tempo

para arrumar

um tempo para

nós dois.

Má que!!!

O teu tempo

é bem menor

que o meu.

E o meu,

sendo maior

mostra as marcas

do tempo.

Assim

meus cabelos brancos

não combinam com os teus,

loiros.

Sem falar que o meu tempo

há muito vivido,

implica em menos

...libido.

Então,

pelo sim

ou

pelo não,

Sufoco no coração

esta vontade danada

de dizer

amo você




José Hamilton Brito



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Soletrando: E o como?



Caderno VIDA - Folha da Região

Quinta-feira - 30/10/2008 - 03h01


José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

Pois é, antes de tudo, o meu respeito às pessoas que submeteram os seus nomes à apreciação dos eleitores nesta eleição. Sei que o grande número de candidatos e o tempo exíguo disponível para cada um não possibilitaram grandes e objetivos pronunciamentos, mas precisamos pensar no que ocorreu.

Não podemos continuar aceitando o que se viu e ouviu - nos dias contemporâneos, com o avanço da tecnologia possibilitando às pessoas mais e melhor acesso à informação, e conseqüentemente à formação de melhor base cultural, assistir a todo aquele palavreado, muitas vezes sem sentido dos programas eleitorais.

Política é arte ou ciência? Apesar das teorias pertinentes aos conceitos de ambas, existe a aceitação de que elas se influenciam pela proximidade que possuem.

Enfocando que seja ciência, sabe-se que esta é adquirida, ou estruturada, tem objeto próprio de estudo, linguagem própria, métodos e processos. Então, ser um Von Braun qualquer um pode, desde que se dedique a estudar, mas um Picasso... pode dar cadeia. Ah! Refiro-me ao Picasso espanhol, o da "Guernica", não ao araçatubense, o das grandes questões políticas.

Então o mundo gira, tudo se transforma e nada se cria neste particular. Os programas eleitorais continuam do mesmo jeito. Quem assiste a uma mesma peça teatral mil vezes?

Então se ouve: acredito que... Defendo... Lutarei... Valorizarei... Sou honesto... Sou isso e aquilo... Os problemas da cidade todos conhecem. Quer-se saber o que o candidato pretende fazer, sim. Mas tão importante é o COMO.

Vou valorizar a cultura regional... Como? Vou lutar pela qualidade de vida do cidadão... Como? O homem contemporâneo é pragmático, voltado para a objetividade, adepto da ação prática. Talvez seja por este estado de coisas que o conceito de política, hoje mais que nunca, seja tomado não pelo seu lado erudito, mas pelo lado trivial, pejorativo.

Resumindo, seja tomado como papo furado. De qualquer forma, as eleições aconteceram, todos os candidatos eram viáveis, tinham seus méritos, fizeram a sua parte. Espero que o eleitorado tenha feito a dele... votado com consciência.