Meu primeiro livro virtual

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

minha copa do mundo


Precisa ter coragem para enxergar a estrela que brilha ao nosso lado e dizer ao mundo, que é cego, que a estrela ao nosso lado
brilha de verdade.José Hamilton

Você tem olhos brilhantes, José Hamilton, razão pela qual a luz se espalha ao seu entorno.

Grande abraço

Rita Lavoyer




----- Original Message -----
From: José Hamilton da Costa Brito
To: jose martinez
Sent: Thursday, September 02, 2010 6:09 AM
Subject: : BRITO, ATENÇÃOOOOOOOOOO








Intão...intão...está ai a minha " taça do mundo".Quero dividi-la com vocês.
Obrigado Professor Consa, Rita Lavoeyr, Cecília Ferreira, Marilurdes Campezzi....obrigado Elaine e Heitor .





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Brito, hoje fiquei muito feliz !
Meu filho chegou em casa e disse: Pai, uma amiga minha recebeu um livro do senhor de um poeta que promoveu uma palestra no salesiano!!!
Eu disse: É o Brito filho !
Ele arrematou : Ela me disse que o cara era bom prá caramba ! rindo
Respondi : Aquele véio ficou atrevido mesmo. rindo
Obrigado, de coração !
Abraços fraternos



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Esta mensagem

domingo, 26 de setembro de 2010

INTERAÇÃO



A interação

Maninho saiu mais tarde do escritório. Houve uma reunião com os vendedores do interior e para evitar mais um pernoite na capital, o que implicaria mais despesas e um dia a menos de trabalho no campo, a reunião se prolongou mais algumas horas e todo o cronograma foi cumprido.
Diretor de vendas nacional é como comandante de navio, sempre o último a sair.
Solteiro, não havia mais compromissos, foi aproveitar a noite na boate de um amigo; estava a fim de uma companhia feminina, queria o aconchego de um corpo quente naquela noite.
-Olá Cristiano, o ambiente hoje está tranqüilo, pouca agitação.
-Sabe Maninho, às vezes é melhor assim. Ganha-se menos mas aproveita-se mais. Sobra tempo para dedicar aos amigos. Cliente é muito bom mas um papo amigo é muito melhor.
-Escuta, tem ai alguma carta boa na manga da camisa, alguém interessante que você esteja a fim e que não esteja a fim de você?
_ Rapaz, até que tem, sabe? Ontem apareceu uma morena bonita, deve ter uns quarenta anos, alta, esbelta,olhos que prometem. O diabo é que tinha muita gente e precisei me desdobrar com os funcionários. Faça uma figa, quem sabe ela volta hoje.
Maninho pediu o uísque de sempre, se acomodou em mesa em um lugar mais discreto e...
Até que a sua vida era boa. Classe média, tinha feito todas as etapas da carreira de economista, uma MBA em Harvard e uma gerência administrativa em uma grande empresa. Profissionalmente, tudo religiosamente encaminhado. Na vida pessoal é que havia uma indefinição. Não conseguia prender-se a ninguém...por ninguém, leia-se , uma mulher. Exigente? Nada disso...
Percebeu que Cristiano lhe fazia sinais. Olhou para a entrada do recinto e viu. Só o sorriso que ela deu ao amigo, valia a pena passar por qualquer perigo, sobretudo, o de perder a prezada condição de solteiro. Cristiano fez as apresentações e discretamente retirou-se.
- Então você é diretor de uma empresa. Tão novo e já ocupando cargos elevados. Você é bom em tudo o que faz?
- Fui bom em tudo o que fiz até agora segundo os relatórios de avaliações. Mas estamos sendo sempre avaliados. Eu até gosto disso pois posso a cada vez, me superar.
-E pelo seu sorriso, tem conseguido sempre. Mostra segurança e determinação.
-Por falar em determinação, estou determinado a conhecê-la melhor e possibilitar que você também me conheça. Gosto de interação.
_Então façamos assim. Vamos aproveitar um pouco mais, a música está excelente e a bebida, divina. Depois a gente vai continuar com um espumante de ótima qualidade em meu apartamento e dar seguimento à nossa interação, mais sossegados.
_ Bom para mim. Interação, é esse o nome que você dá...legal!
No apartamento as formalidades de praxe. Guardou o casaco dela, colocou-a à vontade, deu preferência ao que ela gostava de ouvir, pediu-lhe que escolhesse a marca do champagne. Não acendeu a lareira porque lareira não havia. Conversaram sobre trivialidades e começaram a interação propriamente dita.
Começaram dançando my way com execução de Fausto Papette. Ele trouxe-a mais perto de si, sentiu o seu hálito quente, acariciou-lhe a nuca e sentiu que ela fazia carinhos na sua. Sentiu que a sua pele reagia....e não só a pele. Ela sentiu a pele...é, sentiu também.
_Acho que é melhor você ir embora.
-Nossa, qual o motivo, o que eu fiz?
-Ainda nada mas eu sinto que você vai fazer.
- Você me assusta, do que você tem medo?
-De amar você. Você ...meu Deus! Não tem mais jeito. Já amo.
Mentira ou verdade foi um reboliço: gravata pra cima da televisão, camisa para baixo do sofá, blusa , sutiã, saia e ...para não sei onde.
E a interação...
Vocês já ouviram falar de uma desgraça chamada lift’n’ shape? Na música Fascinação, há um bom conselho.


Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

EXPERIMENTÂNEA OITO


Foi me dada a honra de prefaciar esta oitava edição do Experimentânea , coletânia de textos do grupo experimental da Academia Araçatubense de Letras.

_Deus, o que dizer?

Fui salvo pela vizinha, que gritou do lado de lá do muro: quem usa, cuida.

Não me canso de dizer o que representa o grupo em minha vida.Aposentado, estava à deriva quando soube da sua existência e a que se propunha. Coloco-me na mesma situação do personagem John Shawnnessy que procurou pela sua Árvore da Vida. Na busca, sem tê-la encontrado, encontrou o amor...eu encontrei o grupo experimental.

Pretendo vê-lo crescendo e honrando àqueles que o idealizaram e a ele se dedicam.

Do experimentânea um até ao oito que ora lançamos, uma história foi contada e os seus participantes escreveram uma bela página na vida literária de Araçatuba. Nos diversos livros, mostrou-se pelas crônicas, contos e poemas,uma diversidade de talentos e capacidade de criação; sobretudo, a sábia decisão da Academia Araçatubense de Letras em dar ao grupo, o seu apoio e prestígio .

Se, como diz o prezado Lorico" somos moços e moças bonitas" e ainda a coordenadora Marianice Paupitz Nucera, que "escrever é um ato reservado às pessoas especiais" sejamos bonitos e especiais em ações que cuidem desse grupo, já que o usamos.

Sejamos dígnos daqueles que se preocupam com a nossa evolução e aqui cito Hélio Consolaro, Cecília Ferreira,Marilurdes Campezzi, Yara Pedro e um carinho muito especial à professora Maria Luzia Vilella, membros da Academia Araçatubense de Letras, da qual tantos nos orgulhamos.


Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FELIZ NATAL


Feliz natal


José e Cláudio, todos os anos, logo no primeiro dia das férias, colocavam as respectivas famílias nos carros e iam para alguma praia. Gostavam muito de ir para Florianópolis. Alugavam sempre a mesma casa na Lagoa da Conceição, quase ali onde a beira-mar se divide, uma indo para as Canasvieiras e a outra para a Joaquina. Como se diz: na boca do gol.
Um belo ano as férias vieram com certo atraso e tiveram que viajar no dia 24 de dezembro, véspera do natal. Saíram já pelo meio do dia e “ se mandaram” mas como iam com crianças e adolescentes, as paradas eram obrigatórias, o que atrasava a viagem. Era férias, não havia pressa e a alegria reinava.
Por volta das onze horas começaram a procurar um lugar decente para descansar e fazer a ceia natalina. Rodaram mais um pouco e minutos antes da meia noite viram um restaurante, típico de beira de estrada e : é aqui mesmo né Zé.
-Vamos nessa!
Desceram, examinaram o local...meio esquisito
_ Você queria o quê, o meu! Um Fasano aqui neste fim de mundo?
Não era bem o local, sua parte física...era mais os freqüentadores. Havia algo que, se não estava errado, também não estava muito explicado.
_Quer saber, é época de confraternização, de aceitação do próximo, de desarmar os espíritos.
Pediram lá o que comer e enquanto esperavam, ficaram se distraindo com as cervejas, que estavam bem geladas.
Tanto a filha de um quanto a do outro, já meninotas, foram ao banheiro e demoraram mais que o normal; quando já iam ver o que estava acontecendo, as duas apareceram maquiadas; uma maquiagem forte, típica das mulheres da vida airosa:
-Po meu, que diabo é isso?
Quem fez isso em vocês?
-Ah! Duas moças que disseram que somos bonitas e fizeram esta maquiagem na gente.
Para não ferir suscetibilidades, deixaram como estava. Assim que fossem embora, parariam para remover aquela desgraceira. O problema foi convencer a mãe de uma das meninas a esperar: elas estão com cara de biscate...
Enquanto discutiam o fato, o filho de um deles, ai por volta dos cinco anos, sem que os pais vissem subiu por uma escada e sumiu lá pra cima.
- Quem vai buscar?
-Eu não vou,vai você.
Vai você, não vou e de repente o menino desce:
-Pai, tem um homem e uma mulher pelados lá em cima, ele está em cima dela , apertando ela na cama e acho que está batendo na coitada...
O menino não tinha terminado a palavra coitada e as mulheres saíram arrastando tudo, jogando pratos e copos no chão na correria para o carro...morrendo de vergonha.
_ Ah! Meu Deus. Praga de menino, ele não está matando ninguém .
-Uai pai, o que eles estão fazendo, então?
-Eles estão....estão... Já com a sua mãe lá no carro, coisa ruim!
Com eles , estava um sobrinho do José chamado Marcelo, grande músico...desmaiou de tanto rir.
Bem, alguém tinha que pagar as despesas. Houve uma certa demora, ainda havia pratos solicitados que não tinham sido servidos. Procurava-se a possibilidade de embalá-los para viagem, não havia esse tipo de atendimento.
-E ai, vão morar no rende-vouz agora , seus safados. Gostaram de alguma puta?
Os dois chefes de família, homens honrados, saíram sob os xingamentos das “meninas “ e as gargalhadas dos homens presentes.Puta que o pariu, vésp...que véspera que nada, no dia de natal. E o Jesus menino vendo esta desgraceira toda.
Culpado? Só se foi Deus. Quem poderia imaginar que a gente estava parando, para passar a virada de natal, em um puteiro...




Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras.

sábado, 11 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

OUTRO




UMA ESTRELA PERCORRIA O FIRMAMENTO
NA PLANÍCIE VERDE, UM JUMENTO.
NO QUARTO VAZIO, EM UM COMPUTADOR, OUTRO.
EM OUTRO, LENDO UM MONTE DE MERDA
OUTRO...

Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cala a boca, Maurice...




Publicado na Folha da Região
Dia 29 de setembro de 2010
Caderno VIDA - SOLETRANDO - D2






Uma Academia de Letras tem a finalidade de cultivar a língua e a literatura nacional. Temos a nossa aqui em Araçatuba e os objetivos acima mencionados, ela luta por cumprir.
Fui buscar no discurso de Machado de Assis, no longínquo julho de 1987, a certeza de que os nossos acadêmicos procuram atender ao apelo que o grande escritor fez no seu discurso de posse, como presidente:
“ Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira”
Fiat lux....lux, no caso, o Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.
Criador e criatura, hoje, esquecendo ligeiros e ocasionais percalços, se integram em cultivar a língua e a literatura nacional. Ultimamente, também a literatura “ da casa”, posto que diversos autores da cidade tiveram suas vidas e obras levadas às escolas na Semana da Literatura. O meu grupo, já no ano passado, falou da escritora Rita Lavoyer. Este ano, falamos de Marilurdes Martins Campezzi e de José Geraldo Martinez.
A meninada quis saber sobre eles, o que faziam, onde moravam, disputaram os seus livros e se entusiasmaram...parece que desconheciam que aqui temos os nossos escritores e que eles são tão bons quanto.
“ os confrades e confreiras que, até agora, mais deram respaldo a Helio Consolaro nesta significativa obra que é o Grupo Experimental da AAL... foram Cecília Ferreira, Tito Damazo e Lúcia Piantino”
Ainda estão presentes; mais diretamente Cecília Ferreira, Marilurdes Campezi, Yara Pedro e mais à distância, mas nunca negando uma palavra de incentivo e carinho os demais, dentre os quais, destaco por imperioso, o professor Tito, a acadêmica Maria Luzia Vilela, minha querida amiga e a minha também muito querida, professora Maria Aparecida Baracat.
Mas voltemos ao Maurice, que outro não é senão o Maurice Druon, autor da sanguinária obra Chat dês Partisans; o cidadão, na velhice, deu uma de machista, bombardeando a entrada das mulheres na Academia Francesa de Letras. Dizia que elas, se admitidas, fariam grupos “ tricotando” durante as discussões sobre o dicionário.
Mon Dieu! Não seria “ bunitinho” ver a Lula, a Cecília, a Yara, a Cidinha, a Pinhatino, dona Maria Luzia, fazendo os seus tricozinhos durante as reuniões acadêmicas?
Ainda bem que o Maurice perdeu a batalha; esteja onde estiver, o danado deve estar vendo o que estão fazendo as nossas acadêmicas.
...e Deo Gratias!

Hamilton Brito, membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras