Meu primeiro livro virtual

terça-feira, 18 de abril de 2017



Não sei se vou te amar
Hamilton Brito

https://youtu.be/LDYDnCFPt3k

Não sei se vou te amar
Assim como   te amo, meu amor
A cada despedida em que tu vais
Não sei se um dia , tu  retornarás
Não sei viver assim
Com esta imensa  e triste  ilusão
Que um dia tu  venhas pra ficar
Por toda a tua vida
Não sei se vou te amar...

Eu sei que vou te amar - instrumental

terça-feira, 14 de julho de 2015

terça-feira, 21 de maio de 2013

Araçatuba






Araçatuba, de belezas tantas, que eu nem sei quantas e por onde eu deva começar




Desconheço o nome do autor  mas, sei que a Inezita Barro canta a música:  “Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos...”
Nossa, eu daria uma perna do poeta Heitor Gomes  para ter escrito a letra da bela música mas,  falando da minha cidade.
Aqui não temos as serras e os montes de lá mas,  eles  não têm , por exemplo , um Tietê de águas cristalinas, com os seus ranchos maravilhosos, mostrando a pujança e o bom gosto deste povo que sabe o que quer e como consegui-lo.
As nossas loiras e morenas são mais bonitas que a deles...E as ruivas, então!
As nossas  baixinhas são mais baix.... Esquece.
Talvez aqui falte um restaurante como aquele do Mirante, no rio Piracicaba,  onde se faz, ou fazia, um pintado na brasa que , pelo amor de Deus.!
Mas temos  os nossos grandes pontos de gastronomia; costumam aparecer até nos grandes programas de culinária das televisões.
O meu finado amigo e poeta e escritor José Geraldo Martinez costumava  dizer que Araçatuba era qual um caboclo escondido : tímido, matuto, caipira, com barbas de araçás e pernas de aroeira.
Se era, não é mais.
O tempo não parou por aqui e como  ele urge, a cada momento a cidade  ressurge com um novo investimento sendo feito, um novo ponto de trabalho criado , um novo foco de cultura mostrando ao mundo que aqui o principio da  mens sana in corpore sano é  levado a sério.
Hein?....Não criatura, refiro-me ao advérbio.
No começo da sua história, a coisa era meio esquisita  mas,  como colocar os trilhos sem fazer o que fizeram?
Eu não jogarei a primeira pedra ate porque tinha gente minha já  nesta época por aqui.
Com os trilhos, o café mais o algodão e depois deles ,  o boi e agora temos a cana para fazer nossas caipirinhas...Quer dizer, para o combustível que possa mover o nosso progresso.
Ainda lembrando o Zé, a cidade se vcste com o seu terno de piche . Substituiu as estradas boiadeiras  por grandes chaminés, lembrando Montecristos ou La Habanas, os famosos charutos Cubanos.
Aqui não temos um centro cívico, como em Curitiba ,  onde se vê a arte  unida  à natureza e tampouco temos um jardim botânico como eles têm mas, eles não têm o que nos temos.
E o que temos?
Temos , por exemplo, uma praça central que...ah!
Temos um bosque e um zoológico que...ah! também.
 Temos uma praça João Pessoa, também conhecida como a praça da caixa d’água e que vai se transformando a cada dia em um pólo de cultura, com manifestações artísticas variadas com o devido assessoramento do Paulo, que com o seu ponto, não deixa faltar cervejas geladas e petiscos gloriosos.
Nossa vida cultural é rica e variada, senão vejamos :  no teatro temos Os mancomunados, nas artes temos a Ângela Vinagre, Sílvia Regina Teodoro,  o Laerte Silva, Tânia Antunes, Leminsky; nas artes plásticas, o Paulo Martins,a Duxei Vinhas, na música o Kadá, o Mario Carteado, o Mario Eugênio que Jesus ama mas ainda não sabe o porquê,  o Marcelo Amorim, o grupo Amigos da seresta. Na literatura grandes nomes como Cecília Vidigal Ferreira, Marilurdes Campezzi, Cidinha Baracat, Tito Damazo,  Helio Consolaro,  Emilia Goulart e os seus demais confrades e  confreiras...E eu. Brincadeirinha !
Corais então é o que não falta: Coralito, da rede educativa ( colégio das irmãs) ;  Apeoesp;  Unesp;  Encanto , da maestrina Eliane , com destaque para o grande tenor Aurélio Rosalino.
Temos um complexo que dignifica a mídia televisiva , como o SBT. Folha da região e neste,  nomes como Talita Rutchelli, Cleto Fontoura, a também acadêmica Célia Villela.
Assim, que se dane, vou plagiar:
“ Araçatuba, que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos..


membro do grupo experimental da academia araçatubense de
letras -ciadosblogueiros.blogspot.com.








sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Giulio



                         Giulio


Trinta para ela.Um para ele...Ele venceu


Giulio, nem precisa dizer de onde veio a família do  moço.
Giulio D’Agostini, solteiro, engenheiro recém formado, pertencendo a uma família abastada, usineiros  com interesses na agropecuária e na vinicultura.
Para que estudasse, os pais enfrentaram verdadeira batalha, fizeram infinitas promessas, como uma de ir ao cemitério toda segunda sexta feira do mês, diminuíram e cortaram mesadas, não deram carro e nem deixavam pegar os três que tinham na garagem.
Mas o desg...quer dizer, o filho conseguiu o diploma. Pasmem, com a melhor performance escolar de todas as turmas da universidade....Safado, mas burro não era.
Alto, cabelos loiros nunca bem penteados, olhos azuis, quase sempre dentro de calças rancheiras e umas camisas polos. Usava sempre botas, daquelas com saltinho bem ao estilo das texanas. E as usava em casa, nos salões sofisticados, nos restaurantes, na igreja e na universidade.
Qual o apelido do moço?
Acertou.
-Filho, fiquei pasmo e orgulhoso em saber que você aproveitou bem o curso, formou-se com louvor e está preparado para executar as suas funções. Faço uma proposta.  Tire umas férias de seis meses ou até um ano e faça a viagem da sua vida. Vá conhecer o mundo. Tome os recursos que necessitar.
-Bela ideia. O mundo não sei,  mas uma boas parte da Itália, pode crer.
Uns dias depois estava no aeroporto rumando para a Itália.
-Filho,  que parte da Itália você quer conhecer, quais cidades?
-Não pensei nada sobre nenhum roteiro, estou indo assim meio que às  cegas, sem rumo definido.
- Filho meu, mas como você sai assim, sem destino certo, sem um roteiro de viagem, como filho?
_ Como, como,  como...uai! eu dou um jeito.
Desceu no Leonardo da Vinci e no hall do aeroporto viu um cartaz: conheça Como, a joia da Lombardia.
-Caramba...Como!
Não teve dúvida. Após  um curto mas problemático voo por causa das turbulências , chegou ao aeroporto de Como.
A cidade fica ao norte de Milão. Está rodeada de lindas colinas e recebe o nome de um lindo e majestoso lago: o Lago Como, de origem glacial , sendo o terceiro maior da Itália.
Ficou instalado em uma pousada , pois ficou encantado com a vista panorâmica e com a brisa suave do local. À noite, os barquinhos ou iates com as suas luzes acesas, pareciam pirilampos a bailarem sob o céu e sobre o lago da cidade.
-Senhorita, não sei como vim parar aqui, foi meio na base da aventura , mas gostaria de conhecer bem toda a região, a partir de Como. O que posso fazer?
-Anche? Como?
Como  como?  Quero um palpite seu para um passeio pela região.
-Si, si...vieni com me, io faro lo stesso , como si.
_Cristo, socorro Pai.
_Você não fala nada de português ou espanhol?
-Portoghese non parlano altro, Che parlare  um pó de spagnolo.
_Um pouco de espanhol?  Senhor , mesmo com o espanhol vou precisar de socorro.
E assim foram juntos em um carro que ele alugou, falando espanhol, português, Portunhol , sobretudo falando com as mãos. Ela falava bem com o olhar...
-Vamos hoje para Bellagio, você vai ver umas das regiões mais belas da Itália.
De fato, também na região da Lombardia, uma província de Como. Em volta da cidade, pequenos vilarejos como Casate, Vignola e Pescallo cada uma oferecendo um tipo de culinária, de vinhos mais que divinos  e um povo maravilhosamente simpático. O que mais os locais  sabiam fazer era sorrir.
De Bellagio foram para Bergamo, mais ou menos 150 mil habitantes, possuindo duas partes distintas,  mas igualmente belas: Bergamo alta e a baixa, Pernoitaram ali para passarem mais um dia e seguirem em frente.
Primeira investida: um a zero para ela. Mas, o jogo continuaria.
 tardezinha foram para Sirmione. Ainda na região da Lombardia mas já província de Bréscia. Cidade medieval na qual se entra passando por um lindo castelo, daqueles dos filmes de capa e espada.
-E La corsa? Corsa: passeio, turismo?
-Ah! Sim, maravilhoso,  mas às  vezes eu não vejo certas paisagens porque fico  olhando para você. Sei bella ragazza.
-Acquieta Il suo asino....asino, bambino, é rabo.
Com o asino quieto foram para Trento, região de Trentino-alto-Adige, província de Trento.
E com isso ficaram juntos por cerca de vinte dias....Ela, no placar, tinha 20 a zero a seu favor.
Estava invicta.
Amanha vamos para Cortina D’ Ampezzo, região de Vêneto. Uma cidade onde se pratica o esqui. Quem vai para a Áustria passa pela linda Rota Romântica nas montanhas Dolomitas, que formam uma cadeia de montanhas dos Alpes orientais, no norte da Itália.
-Terminamos, agora o retorno: era Felice?
-Felice, ma que felicce? Ti amo. Como faro senza di te?
-Gina, mi vuoi sposare, vivere in Brasile? Io te voglio bene, maledeta.
Gina voltou para Milão, apresentou-o aos pais e comunicou que se casaria com ele, residindo no Brasil.
Naquela noite , outra investida e mais um ponto para ela.
Descendo em São Paulo, hospedaram-se no Maksoud e....apartamento para casal.
Final da história: 30 para ela....Um, para ele.
Ele venceu


Membro do grupo experimentral da AAl-ciadosblogueiros.blogspot.com









terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

sonho




"Aí eu sonhei que estava tão linda numa noite de raro esplendor...." Nada. Nao era em uma noite de raro esplendor. Sua saia rodada lembro ainda, era marrom e nao tinha uma flor. A única à vista tinha um sorriso lindo e um olhar que ofuscava o próprio luar de uma lua cheia.
Os pares que dançavam entre nos, diziam coisas que nao ouviamos ...invejosos, desgraçados.
Escutei quando um disse:
-Este velho deve ser rico para estar com uma mulher assim. O verbo era outro mas deixa pra lá.
Na ribalta só eu e você...mas você começou a flertar sobre o meu ombro com um loiro, de ate uma piscada pra ele.
Eu ia arrumando a maior encrenca quando uma voz sussurrou-me baixinho:
-Idiota, melhor se servir de um filé mignon em dois que de uma carne de pescoço sozinho. O verbo empregado ainda foi outro.
Diabo, a gente não pode nem usar os verbos que gostariamos de usar, aqueles que retratam realmente a situação. Somos todos mesmo uns porcos chauvinistas. A propósito, o que vem mesmo a ser isto?
Bem, já fuji longe demais neste teste para ver se consigo colocar um videoclipe e um texzto no meu blog. Vamos ver no que deu.
Clicar em salvar e e publicar. God, help me. I trust in You.




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Abismo



“.... abismo que cavaste com teus pés.”
Tudo corria bem organizado na vida de Gilda.
Tudo corria bem organizado na vida de Mozart.
Viviam em lados opostos da cidade, também viviam uma realidade social diferente em função da situação econômica que os separavam e a chance que viessem a se conhecer na vida era de cem contra uma... Ganhou o uma.
Estavam bem firmes e seguros nas respectivas voltas que a vida dá quando em uma sacudidela do destino passaram a frequentar o mesmo grupo.
A princípio o comportamento de praxe, o que se espera de pessoas educadas:
-Boa noite, como vai a senhora?
_Bem, e o senhor, como tem passado.
Durante bom tempo foi assim e não foi assim mais depois que certas coisinhas começaram a acontecer, tais como, um aperto de mão mais demorado, um abraço mais apertado, um sorriso maroto não mais disfarçado. Ah! De repente, se flagravam olhando para o outro em um olhar rapidamente desviado.
Em um evento do grupo no qual se confraternizavam pelo término de mais um ano, um conjunto tocava Contigo em La distância e ele a convidou para dançar.
Mas assim como num átimo a postura respeitosa e distante sumiu e os seus corpos se colaram
de tal forma que a mensagem foi plenamente entendida:
_ Eu quero você.
A atitude clássica, dos braços estendidos, foi substituída pelo recolhimento junto ao corpo, no qual o polegar dele roçava o queixo dela, a mão que a enlaçava apertava-lhe o quadril e o seu peito apertado ao dela transformou aquela dança num misto de inferno e paraíso.
Houve um primeiro encontro.  Foram a um barzinho para conversar, ouvir uma música e viram existir uma afinidade muito grande entre os dois. Não se tratava apenas de um apelo sexual.
_Mozart, eu tenho um vinho raro e quero que você o receba como um presente.
_Olha, podemos fazer melhor. Vamos tomá-lo juntos. Resta saber se na minha ou na sua casa.
-Nossa, vai ser difícil tanto na minha quanto na sua.
-Uai Gilda, por quê? Afinal, somos livres e donos da nossa vida.
-Você que pensa. Eu sou aparentemente livre. Pensam que eu sou divorciada, mas, na verdade sou apenas separada. Em minha casa tenho um filho ciumento e o meu marido, que vive com outra, me paga uma generosa pensão só para que não haja divisão de patrimônio. Se souber que estou amando alguém e quero viver com ele, por certo tomará uma atitude.
-Bem, podemos nos encontrar na minha casa, seremos discretos.
-É mesmo? Aquela vizinha sua sabe de todos os seus passos, sabe a hora que você sai e chega, qual camisa você está usando.  E ela me conhece e à minha história.
Como tinham saído no carro dela, no retono para a casa dele, pararam mais afastados e o primeiro beijo foi trocado. Após o primeiro, o segundo. Depois do segundo... bem, não interessa mas foi intenso. Ela há muito não se entregava a carinhos íntimos. Há muito não sentia o gostoso cheiro do pecado. E aproveitou com sofreguidão.
-Mozart, precisamos dar um jeito. Não é isso que eu quero. Aliás, é isso e muito mais. Quero ir ao mundo da loucura mesmo que nunca mais eu retorne.
-Gilda, só nos resta um caminho: motel.
-Ah! Eu indo a motel... Tenho filho e amigos de filho que seguramente vão se aliviar em motéis. Não posso correr risco.
Os encontros que marcavam não davam certo, ora por impedimento dele, ora por parte dela.
Ele percebeu que ela queria, mas tinha muito medo de perder a situação que desfrutava e ele sabia que não teria condição material de substituir o outro em suas responsabilidades.
“-” Presta atenção, querida” não podemos continuar, vamos colocar os pés no chão. “ O mundo é um moinho”. Não que os nossos sonhos e desejos sejam mesquinhos, mas, serão triturados mesmo assim. Não podemos viver à beira de um abismo que estamos prestes a criar com os nossos próprios pés.


Hamilton Brito, grupo experimenal da AAL-ciadosblogueiros.blogspot.com