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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Soletrando: Até quando?

Folha da região
José Hamílton da Costa Brito
Terça-feira - 30/09/2008 - 03h01



Quatro da manhã
Levanta o cidadão
Queria um banheiro
Banheiro, não tem não
Tem privada de buraco
Lava as partes com sabão
Sai correndo pra labuta
E dinheiro pro transporte
O coitado, não tem não
Seus filhos vão pra escola
Pra comer nunca têm pão
E os panfletos tão na rua
Só falando de eleição
O coitado tem certeza
Melhoria, não vem não
Tem vontade de apelar
Mas se apega na oração
Inda bem que os seus pais
Sem dinheiro pra deixar
Lhe deixaram educação
E apesar dos contratempos
Bandidagem? Não vai não
Esta é a triste história
De um sofrido cidadão


Não se concebe que esses problemas não tenham soluções, sobretudo nos dias contemporâneos, nos quais as ciências alcançaram tão alto grau de excelência.


É revoltante ainda ouvir dizer que para fazer isso ou aquilo é necessário que se tenha vontade política. Por que não tê-la, nunca a tiveram então? Cabe a pergunta, uma vez que os problemas são sempre os mesmos e as soluções são sempre as mais utópicas e distantes da realidade. Por isso, persistem. Vejamos a questão da educação.


Quem não quer que o seu filho tenha acesso a uma boa educação? Mas o que se ouve é que educação não dá voto. Talvez por isso é que 3% das comarcas não possuam vara de infância e juventude, mais de 800 mil crianças entre 7 e 14 anos de idade estão fora da escola e ainda se espera que até 2011 a freqüência às creches chegue a 50% e 80% na pré-escola. Estarrece ainda a informação que em muitas cidades o secretário da Educação não sabe qual é o orçamento para a sua própria pasta. Ah! Esses números já diminuíram; pode ser, mas não desapareceram.


Segundo reportagem de revista semanal, municípios onde se gastou mais com educação, os prefeitos tiveram menos chance de se reelegerem ou elegerem seus sucessores. A que ponto chegamos.


Bem feito para mim, para você e para todos nós. Só um lembrete, o rap acima conclama a que se tome cuidado, quem um dia derrubou uma Bastilha, bem pode cismar de derrubar uma Brasília.
José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

2 comentários:

Simone Leite Gava disse...

Congratulations my friend!

É bom este espaço no jormal, é um incentivo à nossa loucura..rsrsrs.
Eles assinam embaixo.
Sou sua fã.
Somos muito parecidos.

Beijos no coração

Patrícia Bracale disse...

Uma coisa eu tenho raiva, pois já fiz:
_ Eu não quero saber de política...e blá, blá, blá.
Enqto não nos educarmos e aprendermos fazer a verdadeira POLÍTICA, tudo vai ficar na merda.
Ninguém muda senão mudarmos primeiro!
É assim, sempre há tempo de sermos CIDADÃOS conscientes dos nossos direitos e deveres.
Cada um que se responsabilize por suas ESCOLHAS.