Soletrando: Livre arbítrio
José Hamilton da Costa Brito
Quarta-feira - 26/11/2008 - 03h01
José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras
José Hamilton da Costa Brito
Quarta-feira - 26/11/2008 - 03h01
José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras
Livre arbítrio é o poder que temos de escolher nossas ações.
O ser humano tem liberdade para pensar e direcionar os seus atos, obedecendo aos valores que recebeu e aos que adquiriu com sua evolução. Tanto a filosofia como a ciência têm o livre arbítrio como objeto de considerações e estudos. Os indivíduos são considerados responsáveis por suas ações.
Nossos atos serão aceitos, ou não, segundo a postura ética do tempo e do grupo social.
Considerando que o iluminismo nos concita a pensar para determinar nossas ações, é preciso que estas se coadunem com os princípios vigentes para que não soframos recriminações. Não creio que o determinismo possa ser considerado nessa questão, pois somos seres únicos no universo e somente nós, com nossas características individuais, podemos pensar e agir. Para o bem ou para o mal, eu sou eu e nada mais e o que faço ou deixo de fazer é responsabilidade minha.
Mas há quem diga que esse negócio de livre arbítrio não existe, que somos escravos de uma estrutura que nos tira a capacidade de escolher nossas ações. Quais valores determinam mais a nossa vida? Consideramos mais importante o resultado ou o meio de consegui-lo?
É verdade que existe uma ética de resultados determinando nossos atos, que no mundo dos negócios, da política, dos esportes, no mundo social o resultado impera, mas dizer que antes dele não haja bons princípios que os determinem é, como se diz popularmente, jogar o mundo na roça, descrer no semelhante.
A pessoa até pode errar propositalmente para conseguir um resultado, mas sua consciência será a primeira a lhe atirar a primeira pedra; prova de que poderia agir diferente, ou seja, usar a sua liberdade de escolha.
Compromisso com o princípio do amor, da fidelidade, da liberdade, da verdade deve determinar nossas ações. Ah! A verdade tem um poder destruidor incomensurável... A verdade, mesmo que doa.
A verdade constrói... Sempre.
É possível viver seguindo concomitante a ética de princípio e a de resultado?Bem... Nada que um mea culpa, mea máxima culpa não resolva.
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