Meu primeiro livro virtual
quinta-feira, 26 de maio de 2011
O PORTÃO
O portão
Se a memória não me prega uma peça, lembro-me que a primeira lição de uma aula de filosofia fala sobre a felicidade e à sua busca. Todavia essa busca implica em desenvolvimento.
O que é desenvolvimento?
Mestre Aurélio ensina que é crescimento, progresso e dá até um verbete: desenvolução. Nunca o ouvi na vida mas está lá.
É esse então o caminho especial que Deus nos legou para o nosso crescimento e por meio dele, alcançarmos a felicidade.
E o que é felicidade?
Recorrendo ainda ao mestre: ventura, contentamento, boa fortuna.
Então, para compreender as coisas, saber trabalhar com elas e ser feliz, é preciso um grau de conhecimento. Ter uma cultura que seja o bastante para que possa ser instrumento do desenvolvimento do ser humano.
Mas cultura não é apenas saber ler e escrever ou ser PhD em um segmento do saber, mas principalmente “ estar inserido no complexo de códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico e que se manifestam em todos os aspectos da vida: modo de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais e outros”.
Não vendo na ciência um meio que supra suas necessidades, o homem busca respostas para as suas perguntas no esoterismo, no misticismo, pois segundo ele, nesses caminhos pode estar a explicação de todas as manifestações da natureza.
Então, à primeira vista, parece que o caminho é suave, sem fazer alusão à famosa cartilha na qual iniciei para chegar até a estas mal traçadas .
São amplas as alternativas que se oferecem a todos nós.
Mas então, como explicar o desencontro, a tamanha insensatez que parece ser as características mais marcantes do ser humano.Parece que ele tem prazer de se confrontar com a miséria do mundo, que via de regra, ele mesmo dá origem. A explicação repousa, a meu ver, no interior de cada um.
Não adianta adquirir toda a cultura do mundo se não houver a preocupação de respeitar-se . Somos únicos na face da terra mas vivemos em sociedade e estamos , assim, ligados por menos que queiramos.
Percebe-se que não existe caminho suave, não existe entrada sem fechadura e que algum portão, em algum momento, não se abriu para que o homem pudesse alcançar-se. A consciência é um guia e também a guardiã do portão; ele estará aberto ou fechado quanto maior for a consciência do homem quanto às suas responsabilidades para consigo e, como decorrência, para com os seus iguais.
Essa responsabilidade dependerá de cada um, do empenho e de como se enxerga. Drumond disse: “Mas se desejarmos fortemente o melhor, e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossas vidas. Sou do tamanho daquilo que vejo , e não do tamanho da minha altura”
Ainda lembrando o grande escritor, a gente aprende muito no portão fechado.
Aprende muito mas a considerar o que se vê pelo mundo , tanta discórdia , tanta beligerância, tanto descaso de uns mais favorecidos para com outros e quanta falta de fé, fica-se sem saber se o muito preconizado pelo grande escritor possa ser o bastante .
Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras ganhador do troféu Odete Costa, da ciaciadosblogueiros.blogspot.com e do sire araçatubaeregiçao
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4 comentários:
Muitos são os portões que se apresentam ao longo de nossa existência.
Alguns fáceis de abrir, outros nem tanto, outros ainda insistem em permanecerem fechados, lacrados mesmo.
Mas o que somos nós senão caminhantes? Continuaremos por outro caminho, quando o portão do destino insistir em não abrir...
Muito legal seu texto, e um dos meus sonhos você representou na figura que decorou seu texto, algum dia, o conhecerei, e nesse dia, terei aberto algum dos portões que teimam em se fechar!
Guten tag her Hamilton!
Grande Abraço!
Abra os olhos,
Veja com o cérebro e o coração
E experimente a vida.
Hamilton, muitos portões estão apenas encostados. Mas muitos de nós, enclausurados no cadeado imaginário tememos tocá-los. O mundo é do tamanho que eu consigo imaginar-me. "Penso, logo existo" já não faz parte do nosso cotidiano.
"Existo da forma com que penso."
Só posso ir onde os meus comandos me mandarem. Todos temos o controle em nossas mãos, poucos recarregam as pilhas e se deixam controlar pelas circunstâncias.
Pulamos tantos portões encostados e caímos do outro lado esfacelados, muitas vezes. O tempo vem carregado de brisa e bate o portão nos nossos cacos, como que varrendo-nos para nos recompormos nas histórias de nossas fraquezas, vitórias ou sei lá mais o quê, que permite tantos e tanos textos bons para comentários, como este seu.
Não foi no curso heim!
ô loco meu! Rs...
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