Meu primeiro livro virtual

quarta-feira, 7 de março de 2012

BRINQUEDO DA INFÃNCIA

ESCREVIVÊNCIA - reunião do dia 16/02
Cooerdenação da prof.Yara Pedro
Tema : binquedo da infância
ESCREVIVÊNCIA
Reunião de 16/02 coordenação da prof.Yara Pedro
Tema : brincadeira de criança
“ naquele bairro afastado, onde em criança eu vivia....”!
Só hoje, já sexy, é que remôo a poesia ; vivo-a e ela lubrifica a minha alma pois foi o que ficou daquele reino encantado no qual não fui rei, nem príncipe mas também não fui vassalo.
Éramos uma boa turma, aliás, boa é pouco...era a turma.
Não havia o individual , só o coletivo. Em todas as brincadeiras era aquela molecada com os pés no chão, cabelos ao vento e a alma leve.
O individual depois marcou a minha vida de profissional e hoje vejo as duas situações com nitidez e chego a pensar que eu nunca deveria ter ficado adulto.
Mas na vida, competir é preciso...
Se bem que havia sim uma competição naquele tempo, não como a de hoje. A gente competia pra ver quem acertava , nas guerras de estilingue.a mamona no lugar mais doído do adversário ou então ver quem pegava o maior bagre lá no chiqueiro do Baguaçu ou ainda quem se escondia, nas brincadeiras de esconde-esconde, com a menina mais bonita.
Hoje as ruas estão desertas , o sorriso de meninos e meninas já não são mais francos e abertos e o que pior, a pele já não apresenta aquela cor de formiga que apresentávamos outrora. Éramos realmente bonitos, todos.
Hoje, só eu conservo a beleza daquele tempo. Duvidam?
Olhem para o Ficoto, para o Neno Fatori, para o Dr.Cesar Pedro.
Podendo evitar não passo naquele meu shangri-lá situado entre a rua Bandeirantes e a Silva Jardim.
Parece que aquele pedaço me pergunta:
-E aí, Zé Mirto, cadê a turma? Por onde andam a Cleuza, a Neusa e a Maristela? Por onde andam a Yaci e a Itaci, a Lurdes, a Maria, a Suzui e o Tuneo. Do que é feito do “seo! Zair e da dona Maria?
Eu até tento responder mas....bem, de alguns tenho notícias.
A minha amiga de infância, Yara Pedro, pertence à Academia Araçatubense de Letras e hoje coordena o grupo de literatura do qual faço parte. A Marilurdes Campezzi, também da Academia de Letras e minha companheira no Amigos da Seresta, que diz que naquele tempo eu era metido a gostosão...brincadeeeeera!
Então, o que eu poderia ter trazido daqueles tempos, Cristo?
Se é que se pode chamar de brinquedo...até pode ser, pois me vejo brincando com ela de vez em quando: a minha saudade.
Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia Araçatubense de Letras e do grupo escrevivência.

4 comentários:

Rita Lavoyer disse...

É, brincadeira de saudade sempre valera a pena!Ela tem escorrega, pega-pega, esconde-esconde. Mas ela não esconde nada. Somos nós que nos escondemos atrás das suas facetas.
Ah, saudade... quantas lembranças nos traz no seu balanço, seu carrinho rolimã, n a sua boneca de ssabugo, na Dorminhoca que somente as dondocas timham.
Ah, saudade, como é importante ter infância. É você, saudade, é você que não deixa a criança morrer.

HAMILTON BRITO... disse...

vERDADE ABSOLUTA. É A SAUDADE QUE MANTEM A CRIANÇA QUE EXISTE EM MIM.

Cidadão Araçatuba disse...

Rapaz lendo o seu texto lembrei-me das doces e inocentes brincadeiras de infância.
Recordei-me de uma Araçatuba que não andava (ou buraqueava) tão rápido. É são os janeiros! Mas a vida é isso um finito caminhar que em nossas memórias se torna eterno.
Legal seu texto. Parabéns!

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Um post que lavou a alma na cachoeira da infância... bela elegia aos bons tempos, amigo Hamilton. De parabéns.