Meu primeiro livro virtual
sexta-feira, 20 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sonho real
Eu não sonhei que estavas tão linda numa noite de raro esplendor.
Vivia a maior realidade e nela você usava uma linda saia rodada, com marrom sem nenhuma flor. A única que se via , tinha a boca mais sensual e os olhos mais radiantes possíveis. Tão radiantes que ofuscavam o proprio brilho de uma lua cheia.
Os pares que dançavam , diziam coisas que a gente nao entendia. Coisa de gente invejosa, desgraçada.
Mas eu ouvi quando um disse:
- Para estar com uma mulher assim , este velho deve ser rico, o danado.
O verbo não era bem o estar mas....
E a noite trancorria como em sonho.
Quando a orquestra deixou no ar os acordes de Luzes da Ribalta, a obra mais rica de Charles Chaplin, pensei que ele tinha total razão: para que chorar o que passou.
Eu nao estava ali, naquele momento com você?
A|s luzes que se apagassem a sorrir ou a chorar e as vidas que acabassem que eu esta vivo ali vivendo um sonho lindo, mas onde a matéria era palpável e anunciava o paraíso.
Deu-se.
Você deu uma piscada , por cima do meu ombro, para um loiro alto.
Já ia dar um escândalo quando uma voz sussurou-me baixinho:
Velho besta, é melhor se servir de uma filé mignon a dois do que de uma carne de pescoço, sozinho. Servir também nao era o verbo indicado. Diabo a gente nao poder usar os verbos corretos para as situações .Somos todos uns porcos chauvinistas. A propósito, o que vem a ser este trem?
E fui longe neste teste para ver se consigo colocar um clipe e um texto no meu blog.
God, help me. I Trust in You.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Poesia contemporânea
Poetar por poetar
É o que gosto de fazer
No entanto o modernismo
Todo cheio de modismos
Tirou da arte, o singelo
Esqueceram o ritmo e a rima
Sofisticaram tanto a poesia
Que lá se foi a alegria
E o leitor perdeu o elo.
Uma coisa pra ser sentida
De repente, deixou de ser
Aquilo que nascia da alma
Hoje surge preso às regras
E a linguagem poética
Das poesias de antanho
Tomaram um rumo tamanho
Que nem poesia é mais
Deixaram a linguagem direta
Preferência às antíteses
E de sinédoques e metonímias
Levaram a poesia às ruínas
E o povo não entende mais
Até posso dar um exemplo
Pra ver se captas a mensagem
“ e enquanto fincas, faca afiada,
fonemas no cerne
me queres inerme”
Então, pergunto: você entendeu?
É assim hoje a poesia
E não esta bela porcaria
Que agora você leu.
Membro da academia Araçatubense de Letras e ciadosblogueiros.blogspot.com