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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Soletrando: E o como?



Caderno VIDA - Folha da Região

Quinta-feira - 30/10/2008 - 03h01


José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

Pois é, antes de tudo, o meu respeito às pessoas que submeteram os seus nomes à apreciação dos eleitores nesta eleição. Sei que o grande número de candidatos e o tempo exíguo disponível para cada um não possibilitaram grandes e objetivos pronunciamentos, mas precisamos pensar no que ocorreu.

Não podemos continuar aceitando o que se viu e ouviu - nos dias contemporâneos, com o avanço da tecnologia possibilitando às pessoas mais e melhor acesso à informação, e conseqüentemente à formação de melhor base cultural, assistir a todo aquele palavreado, muitas vezes sem sentido dos programas eleitorais.

Política é arte ou ciência? Apesar das teorias pertinentes aos conceitos de ambas, existe a aceitação de que elas se influenciam pela proximidade que possuem.

Enfocando que seja ciência, sabe-se que esta é adquirida, ou estruturada, tem objeto próprio de estudo, linguagem própria, métodos e processos. Então, ser um Von Braun qualquer um pode, desde que se dedique a estudar, mas um Picasso... pode dar cadeia. Ah! Refiro-me ao Picasso espanhol, o da "Guernica", não ao araçatubense, o das grandes questões políticas.

Então o mundo gira, tudo se transforma e nada se cria neste particular. Os programas eleitorais continuam do mesmo jeito. Quem assiste a uma mesma peça teatral mil vezes?

Então se ouve: acredito que... Defendo... Lutarei... Valorizarei... Sou honesto... Sou isso e aquilo... Os problemas da cidade todos conhecem. Quer-se saber o que o candidato pretende fazer, sim. Mas tão importante é o COMO.

Vou valorizar a cultura regional... Como? Vou lutar pela qualidade de vida do cidadão... Como? O homem contemporâneo é pragmático, voltado para a objetividade, adepto da ação prática. Talvez seja por este estado de coisas que o conceito de política, hoje mais que nunca, seja tomado não pelo seu lado erudito, mas pelo lado trivial, pejorativo.

Resumindo, seja tomado como papo furado. De qualquer forma, as eleições aconteceram, todos os candidatos eram viáveis, tinham seus méritos, fizeram a sua parte. Espero que o eleitorado tenha feito a dele... votado com consciência.

Um comentário:

Hélio Consolaro disse...

Não é o que blog do "véinho" está bonito. Esta camisa verde não nega ser um mafioso. kkkkkkk
Abraços
Consa