EU SABIA
Eu sabia...advinhava.
pudera, eram tantos os sinais.
Nossos olhares...distantes.
Nosso humor...inconstante.
Um sei lá...um não sei o quê!
Intervalos bem maiores
...no ir e vir.
por boa que fosse a piada
...apenas um sorriso.
Nunca mais a gargalhada...
Enfim...não havia mais nada
Mostrando existir um amor.
Os grandes, os maiores sinais
Vieram do aparelhinho
O tal do celular.
Eu...atendendo sem graça.
Você atendendo mais longe...
Era um tal de: dá licença?
A fortalecer a crença
De que algo acontecia.
E fui tendo a certeza
Um sonho comum, se perdia.
Então, em fio de vóz
falando, até por nós, você disse:
Vamos manter a nossa amizade
Nos encontraremos se houver desejo
Não vamos perder o ensejo...
Hoje, os amigos fazem amor.
O que me resta, pensei eu...
Antes pouco do que nada.
Mas, ao pensá-la em outros braços
Tropecei nos meus próprios passos
E nunca mais me levantei
José Hamilton da Costa Brito é membro do grupo experimental da Academia Araçatubense de Letras.
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