Poetar por poetar
É o que gosto de fazer
No entanto o modernismo
Todo cheio de modismos
Tirou da arte, o singelo
Esqueceram o ritmo e a rima
Sofisticaram tanto a poesia
Que lá se foi a alegria
E o leitor perdeu o elo.
Uma coisa pra ser sentida
De repente, deixou de ser
Aquilo que nascia da alma
Hoje surge preso às regras
E a linguagem poética
Das poesias de antanho
Tomaram um rumo tamanho
Que nem poesia é mais
Deixaram a linguagem direta
Preferência às antíteses
E de sinédoques e metonímias
Levaram a poesia às ruínas
E o povo não entende mais
Até posso dar um exemplo
Pra ver se captas a mensagem
“ e enquanto fincas, faca afiada,
fonemas no cerne
me queres inerme”
Então, pergunto: você entendeu?
É assim hoje a poesia
E não esta bela porcaria
Que agora você leu.
Membro da academia Araçatubense de Letras e ciadosblogueiros.blogspot.com
4 comentários:
não entendi isto :
"Hoje surge preso às regras"
quem?
Vote, o que tem de poesia complicada por aí, parecendo verdadeiras fórmulas algébricas, matemáticas, com frases na órdem inversa , antíteses, pleonasmos e oxímeros. Pega um Castro Alves, Olavo Bilac, poesia com poesia, entendível.
Pra dizer a verdade eu gosto mais de versos livres do que rima e métrica - em que era mestre meu saudoso pai. Mas também acho que muito experimentalismo e vanguarda acaba distorcendo tudo. Muito bom, José Hamilton. Meu abraço.
Olá Hamilton! Muito obrigado
por visitar e comentar lá
no meu blog, volte sempre!
Parabéns por sua poesia,
grande abraço Õ/
Bruno
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