Meu primeiro livro virtual

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Poesia contemporânea



Poetar por poetar

É o que gosto de fazer

No entanto o modernismo

Todo cheio de modismos

Tirou da arte, o singelo

Esqueceram o ritmo e a rima

Sofisticaram tanto a poesia

Que lá se foi a alegria

E o leitor perdeu o elo.

Uma coisa pra ser sentida

De repente, deixou de ser

Aquilo que nascia da alma

Hoje surge preso às regras

E a linguagem poética

Das poesias de antanho

Tomaram um rumo tamanho

Que nem poesia é mais

Deixaram a linguagem direta

Preferência às antíteses

E de sinédoques e metonímias

Levaram a poesia às ruínas

E o povo não entende mais

Até posso dar um exemplo

Pra ver se captas a mensagem

“ e enquanto fincas, faca afiada,

fonemas no cerne

me queres inerme”

Então, pergunto: você entendeu?

É assim hoje a poesia

E não esta bela porcaria

Que agora você leu.



Membro da academia Araçatubense de Letras e ciadosblogueiros.blogspot.com

4 comentários:

Rita Lavoyer disse...

não entendi isto :

"Hoje surge preso às regras"

quem?

HAMILTON BRITO... disse...

Vote, o que tem de poesia complicada por aí, parecendo verdadeiras fórmulas algébricas, matemáticas, com frases na órdem inversa , antíteses, pleonasmos e oxímeros. Pega um Castro Alves, Olavo Bilac, poesia com poesia, entendível.

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Pra dizer a verdade eu gosto mais de versos livres do que rima e métrica - em que era mestre meu saudoso pai. Mas também acho que muito experimentalismo e vanguarda acaba distorcendo tudo. Muito bom, José Hamilton. Meu abraço.

Bruno Gaspari disse...

Olá Hamilton! Muito obrigado
por visitar e comentar lá
no meu blog, volte sempre!
Parabéns por sua poesia,
grande abraço Õ/

Bruno