Meu primeiro livro virtual

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Vida

Soletrando: Saudade de mim 2

José Hamilton da Costa Brito
Quarta-feira - 07/01/2009 - 03h01
Talvez você se identifique com algo ou alguém, quem sabe circulou por ali naquele tempo. Era um pedaço da cidade e um pedaço de mim: rua Afonso Pena, entre Bandeirantes e General Glicério. Sim, faz tempo. Para entender o quanto, depois da rua Bandeirantes, havia uma cerca de arame farpado e depois dela uma horta, nossa rota para pescarias e natação no Baguaçu. Na ida e na volta, pegávamos tomates e outras coisinhas para comer. Pegávamos, nunca roubamos ninguém.

Quando o rio ficava cheio e barrento, era o tempo de ir aos ingás, mas os ingazeiros ficavam no meio do rio caudaloso; pela correnteza, vínhamos, nos agarrávamos nos galhos e quando o bucho estava cheio, alguém gritava: quem chegar por último na margem é a mulher do padre.

Uma vez, trouxemos o Boró no braço, picado de cobra. Em umas das esquinas, a casa do senhor Serafim Pedro, pai da Yara e do César; este, médico e aquela acadêmica de letras. Mais em cima, os Ficotos, pais do Carlos e da Lurdes e ainda a dona Nega, avó do Carlitão. Ainda havia o senhor Neca Rosa, tio do Edinho, da Neusinha e do hoje Dr. Luis Carlos. Era a turma dali. Um dia, o Zé, primo do Edinho, saiu atrás do Celite para matá-lo. Tempo bom, mesmo com o padre Militino, do Salesiano, dando sinada na cabeça da gente e o Padre Chico, correndo para matar um quando descobria que tínhamos roubado umas bolachas ou latas de salsicha do jipinho capota de lona para ir comer escondido na velha figueira... Ou era paineira?

Pescar bagre no bosteiro nos dias de chuva; no chiqueiro dava uns do tamanho de um caminhão. Padaria do Povo, no caminho para o Grupo Escolar Cristiano Olsen; havia um buraco no vidro quebrado e a gente pegava umas balas, assim, meio escondido. Acho até que foi o Paulo quem quebrou o vidro pra gente pegar umas balinhas. Era um samurai, mas vivia sorrindo e era muito legal.

Depois fui para o seminário, ia ser padre. Sabe, acho que hoje seria bispo. Daquela turma, só o Bento e o Cláudio se ordenaram. Alguns hoje cavalgam pelas pradarias eternas, sob as bênçãos de Manitu, outros ainda estão por aqui. Espero que felizes. Muitas das casas foram tombadas... Pelos pedreiros, claro. Ali se ergue um centro mais comercial. A única casa que continua do mesmo jeito é a que foi do senhor Zair e da dona Maria. Esta, uma das mulheres mais elegantes que conheci em minha vida. A Neusa, sua filha, puxou à mãe. Evito passar naquele pedaço, ali eu fui muito feliz. Aquele tempo era muito mais gostoso. Por que será?

José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

P O E S I A


Poesia.

Perguntas sem respostas.

Houvessem...seria?

No duro, aprendi.

Agora...sei.

Por que o tempo nao para?

A ferida não sara?

E, onde está você...

também não sei.

Mas vejo beleza em tudo.

Contudo,

nem sei o por quê.

Como poder explicar

Um assim proceder.

Vejo a beleza no ninho.

Até Deus no ovinho.

E na vida a nascer.

É lindo o sol no ocaso

É fresca a água na fonte

Na campina verdejante

Um xororó sem a amante

deixa o seu canto rolar.

Então...eu vejo tudo perfeito

Mas esta praga de dor no peito...

Sei...sei que te amo tanto

E você, inferno, no entanto

De mim, não quer nem saber



José hamilton

TE SOCORRER NO FIM samba-canção


A VIDA, É MESMO ASSIM

O QUE SE ENCONTRA AQUI

SE PERDE ALI.

FELICIDADE QUE VEM

E A MESMA QUE LOGO VAI

O MAR CONTINUA IMENSO

O VENTO CONTINUA POR AI

OS RIOS PROCURANDO O OCEANO

E EU SAUDOSO DE VOCÊ

MAS VOCÊ SE ESQUECEU

NINGUÉM TE AMOU MAIS QUE EU.

ERREI E NEM FOI A ÚLTIMA VEZ

A IGREJA CONTINUA ABERTA

SEM PECADORES, O POR QUÊ DE EXISTIR?

MAS VOCÊ E TINHA QUE SER VOCÊ

A PEDRA JÁ ESTAVA NA TUA MÃO

UM DIA, TODAVIA, SERÁS VIDRAÇA

E POR MAIS QUE VOCÊ FAÇA

SOFRENDO VAIS LEMBRAR DE MIM

ESPERO E PEÇO AO BOM DEUS

POSSA EU , ENTÃO

TE SOCORRER NO FIM



José hamilton - letra de samba-canção





sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

MOMENTOS PERDIDOS



Nada se perde...

tudo se tranforma...

aquele amor por você

Não era um querer por querer

Se perdeu?

Se transformou?

Onde estão os castelos erguidos?

Aqueles momentos vividos...

onde...

Se transformaram no que?

Sonho em desesperança?

Esperança em desilusão?

Onde...

Ah! sei...

Em mim...tudo sou eu.

Sou o que me tornei

E o que me tornei

Não sei.

Neste mundo de Deus

Nada se perde

Tudo se transforma

Sou metamorfose constante

Pois não te esqueço um só instante

E sigo me transformando

Um processo que não para

Pois o amor que é teu

É doença que não sara



José hamilton

CHORAR DEPOIS samba-canção




VEM

VAMOS SAIR POR AI

SEM SABER

PRA ONDE IR

VEM

PEGUE AQUI NESTE BRAÇO

JA NÃO SEI O QUE FAÇO

POIS SÓ SEI AMAR VOCÊ

VEM

EU TE DOU MEU CARINHO

E TE MOSTRO UM CAMINHO

UM DESTINO PRA NÓS DOIS

VEM

VEM VIVER O AGORA

AMANHÃ SOU EU QUEM CHORA

POIS VOCÊ NUNCA ME AMOU

EU SINTO AQUI NO MEU PEITO

NOSSO AMOR NÃO TEM JEITO

TE AMO AGORA

VOU CHORAR DEPOIS




josé hamilton