Meu primeiro livro virtual

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FAZER O QUE...



O QUE FAZER...

José Hamilton da Costa Brito


Não podia ter sido
mas foi
e, se foi
o que fazer...
Como diria aquele
Se fi-lo
foi
porque qui-lo
e agora
carrego n¨alma
este quilo...
diabo de peso
praga de desejo
deixado por um beijo
que eu devia
mas
não quero esquecer.
E tudo porque ?
Maldito André Rieu
que eu não sei o por quê
tocava fascinação
naquele beijo-tesão
que eu roubei de você
Uma luz de penumbra
um decote ousado
Um ninguém ao lado
Ambiente propício
e
olha o enguiço.
E foi.
E, se foi
fazer o que




José Hamilton




















segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

NADA !






SOU UM MAR
SEM ONDAS...
SOU UM VENTO
QUE NÃO MURMURA
NAO AGITA
QUE NADA TRAZ
DE LÁ...
SOU SONO PROFUNDO
NAO HÁ SONHO
EM MIM.
ENFIM, SOU NADA.
OU SOU
EFÊMERA ESPERANÇA.
LITERATURA
QUE NÃO SE LÊ.
SOU ESCRITA
SEM LINGUAGEM.
E ASSIM
NENHUMA LINHAGEM
É A CAUSA
DE NAO TER VOCÊ.
COMO TER RESILIÊNCIA
TENHA A SANTA PACIÊNCIA
COMO HÁ DE...
José Hamilton.



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

QUAIS CIRCUNSTÃNCIAS



Pode até ser que você não preste.
Até mesmo, que nunca prestou...
Acredito que as coisas no mundo
São assim mesmo, nada há a fazer.
Mas, o que vale, é o daqui para frente
O passado, para mim, não importa.
Até porque, ontem, Inês já é morta
E o hoje , é preciso viver.
Se o teu corpo foi leito de tantos
Legiões marcharam sobre você
Não serei eu a atirar a pedra
Até porque não será a primeira
Pouco importa, se fostes rameira
E nem a vida que você levou.
O que quero, eu vejo em teus olhos
Olhos claros, de muita doçura.
Que me mostram uma alma tão pura
Mesmo com a vida que você levou.
Eu não sei em quais circunstâncias
Nem por quê você se perdeu
Só me importa o hoje e o amanhã
Um futuro, se você me quiser
Serei teu, do hoje ao infinito
E te prometo o amor mais bonito
Que um homem deu a uma mulher.



JOSÉ HAMILTON










__._,_.___

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

PRA MIM FAZER




Como pode ser...

Que coisa! só comigo !

Sempre te vi como amiga

Essa agora, por quê ?

Uma vontade, danada

Nem é, na verdade, de agora

Desejo de toda hora

...quero beijar você.

De há muito é assim

Não é igual...só aumenta

Coisa louca

Quem aguenta?

Ah! por favor

não se magoe.

Pois nem é minha a culpa

Então, nao te peço desculpa.

E nao te afastes de mim.

A amiga, sinceramente?

Até eu posso perder.

Mas longe de você

Viver nao é viver.

Como ficar longe

Do teu sorriso gostoso

Ou do teu jeito dengoso

Da tua maneira de olhar

...até do seu jeito de falar?

É uma graça de se ver

Quando falas: pra mim fazer.

Não tens lá muita gramática

Mas o que tens

Me traz o maior dos bens

E eu amo tanto você

Como nunca amei ninguém




josé hamilton

UM NINHO PARA NÓS DOIS






Na varanda aqui de casa

Tenho um vaso de xaxim

Nêle há u¨a samanbaia

De ramagem verdejante

foi ai que o passarinho

percebendo segurânça

Revelando confiança

Colocou o seu ovinho.

Eu fiquei muito encantado

E pensei aqui comigo

Passarinho mais sortudo

è mais feliz do que eu

Vivo tentando um ninho

No seio dos braços teus.

Tenho feito longos voos

Tal qual ave de arribação

Minhas asas estão cansadas

E a terma é descendente

Vejo que o pouso é chegado

E não há um ponto a vista

E por mais que eu insista

Não vou pousar em você.

A ave aqui de casa

Tem mais sorte do que eu

Encontrou um porto seguro

Porto, que Deus não me deu




José hamilton

sábado, 29 de novembro de 2008

Livre Arbítrio

Vida

Soletrando: Livre arbítrio

José Hamilton da Costa Brito
Quarta-feira - 26/11/2008 - 03h01

José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras

Livre arbítrio é o poder que temos de escolher nossas ações.
O ser humano tem liberdade para pensar e direcionar os seus atos, obedecendo aos valores que recebeu e aos que adquiriu com sua evolução. Tanto a filosofia como a ciência têm o livre arbítrio como objeto de considerações e estudos. Os indivíduos são considerados responsáveis por suas ações.
Nossos atos serão aceitos, ou não, segundo a postura ética do tempo e do grupo social.
Considerando que o iluminismo nos concita a pensar para determinar nossas ações, é preciso que estas se coadunem com os princípios vigentes para que não soframos recriminações. Não creio que o determinismo possa ser considerado nessa questão, pois somos seres únicos no universo e somente nós, com nossas características individuais, podemos pensar e agir. Para o bem ou para o mal, eu sou eu e nada mais e o que faço ou deixo de fazer é responsabilidade minha.
Mas há quem diga que esse negócio de livre arbítrio não existe, que somos escravos de uma estrutura que nos tira a capacidade de escolher nossas ações. Quais valores determinam mais a nossa vida? Consideramos mais importante o resultado ou o meio de consegui-lo?
É verdade que existe uma ética de resultados determinando nossos atos, que no mundo dos negócios, da política, dos esportes, no mundo social o resultado impera, mas dizer que antes dele não haja bons princípios que os determinem é, como se diz popularmente, jogar o mundo na roça, descrer no semelhante.
A pessoa até pode errar propositalmente para conseguir um resultado, mas sua consciência será a primeira a lhe atirar a primeira pedra; prova de que poderia agir diferente, ou seja, usar a sua liberdade de escolha.
Compromisso com o princípio do amor, da fidelidade, da liberdade, da verdade deve determinar nossas ações. Ah! A verdade tem um poder destruidor incomensurável... A verdade, mesmo que doa.
A verdade constrói... Sempre.
É possível viver seguindo concomitante a ética de princípio e a de resultado?Bem... Nada que um mea culpa, mea máxima culpa não resolva.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

AH! EU TAMBÉM TENHO A MINHA




Carteira de saudade

Nessa vida, todos têm

São emoções misturadas

Umas boas, outras danadas

E quase sempre há um quem.

Na minha carteira de fatos

Um conduz-me à adelescência

Adquirindo ciência

Nos meus tempos de I.E

Me ocorreu doçe saudade

E nela...está você.

Perdão, te peço, senhora

O tratamento informal

Me falta o diabo da rima

Mas juro, não fiz por mal.

Hoje, tenho como orgulho

Ao teu grupo, pertcncer

Agora faço parte

do grupo experimental.

Mistura de bons sentimentos

E de saudável alegria

Afinal, estou ao lado

da minha mestra de geografia.

Queria ser um poeta

Pra revelar toda emoção.

Ah ! se eu fosse um Consolaro

Ou uma Rita Lavoyer

Ai sim, sairia uma obra

Mais dígna de se ler.


Histórico: Reencontrei anos mais tarde, no grupo experimental da academia Araçatubense de letras, a minha ´professora de geografia dos tempos de ginásio no I.E. Maria Luzia Vilella é Acadêmica de letras mas está sempre no grupo experimental passando experiência e incentivando, assim como o Acadêmico e amigo professor Hélio Consolaro. Que sirvam de exemplo. Falar em cultura é facil, fazê-la...


José Hamilton

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COM TODO RESPEITO!!


COM RESPEITO

Eu escuto a todo instante
Conceitos sobre literatura.
São regras e contra-regras
Querendo torná-la mais pura.
Pululam os entendidos
Mas sobra muita frescura.
Que, falando sobre poesia,
Tirando de lado a azia
Em nada a depura.
Na verdade esta cambada
Não Sabe é poetar...
Enfim, me surge um malandro.
Duchamp ou algo assim
Que estando c¨o saco cheio
Coloca no papo, um fim.
Dizendo que arte é arte
Não tem boa nem ruim
Que esse povo da sabedoria
È tudo, mesmo, porcaria.
E se você só entende de teoria
Deixa o povo poetar
Não tens nada pra fazer?
Vai a bunda, do pai, coçar.
Tenha em mente, Oh!sabichão
O importante é a emoção
E se essa leva ao pensar
Seu escopo logrou alcançar.


José hamilton brito

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

SONHANDO


AS VEZES EU ME PERGUNTO

COMO PODERIA TER SIDO

TIVESSE EU VIVIDO, OUTRORA

NUM TEMPO, QUE NAO O AGORA.

EM UM MUNDO HÁ MUITO IDO.

COMO? MAS COMO MESMO...

INVENTO OS MEUS PERSONAGENS

CRIO ALGUMAS IMAGENS

E CONSTRUO UMA HISTÓRIA.

ME FAÇO ENTÃO UM SOFRIDO,

ESCÓRIA, PERSEGUIDO,

AMANDO A PRINCESA DA CORTE.

COMO O MUNDO NÃO MUDA

SEMPRE HAVERÁ DISCRIMINAÇÃO

E, SE DA PRINCESA, QUERO A MÃO

COM DEUS , MAIS C¨O DIABO

VOU ENTRAR EM CONFUSÃO

E AI, ME VEJO DE HEROI

DISPOSTO A MATAR E A MORRER

EM DEFESA DO MEU AMOR.

ME VEM, N O SONHO O DESEJO

DE DAR O ÚLTIMO BEIJO

ANTES DA MINH¨ALMA ENTREGAR.

QUANDO MINHA BOCA SE APROXIMA

NÃO SEI QUE DIABO DE SINA

O TELEFONE SE PÕE A TOCAR

MANDO-O PRA PUTA QUE O PARIU

E VOLTO,DE NOVO, A SONHAR




José Hamilton brito



AH! O TEMPO


Ah! o tempo não é nada.

Mas pudesse eu controlá-lo...

Se não tivesse passado

tanto tempo,

entre o meu

e o teu tempo,

eu teria mais tempo

para arrumar

um tempo para

nós dois.

Má que!!!

O teu tempo

é bem menor

que o meu.

E o meu,

sendo maior

mostra as marcas

do tempo.

Assim

meus cabelos brancos

não combinam com os teus,

loiros.

Sem falar que o meu tempo

há muito vivido,

implica em menos

...libido.

Então,

pelo sim

ou

pelo não,

Sufoco no coração

esta vontade danada

de dizer

amo você




José Hamilton Brito



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Soletrando: E o como?



Caderno VIDA - Folha da Região

Quinta-feira - 30/10/2008 - 03h01


José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

Pois é, antes de tudo, o meu respeito às pessoas que submeteram os seus nomes à apreciação dos eleitores nesta eleição. Sei que o grande número de candidatos e o tempo exíguo disponível para cada um não possibilitaram grandes e objetivos pronunciamentos, mas precisamos pensar no que ocorreu.

Não podemos continuar aceitando o que se viu e ouviu - nos dias contemporâneos, com o avanço da tecnologia possibilitando às pessoas mais e melhor acesso à informação, e conseqüentemente à formação de melhor base cultural, assistir a todo aquele palavreado, muitas vezes sem sentido dos programas eleitorais.

Política é arte ou ciência? Apesar das teorias pertinentes aos conceitos de ambas, existe a aceitação de que elas se influenciam pela proximidade que possuem.

Enfocando que seja ciência, sabe-se que esta é adquirida, ou estruturada, tem objeto próprio de estudo, linguagem própria, métodos e processos. Então, ser um Von Braun qualquer um pode, desde que se dedique a estudar, mas um Picasso... pode dar cadeia. Ah! Refiro-me ao Picasso espanhol, o da "Guernica", não ao araçatubense, o das grandes questões políticas.

Então o mundo gira, tudo se transforma e nada se cria neste particular. Os programas eleitorais continuam do mesmo jeito. Quem assiste a uma mesma peça teatral mil vezes?

Então se ouve: acredito que... Defendo... Lutarei... Valorizarei... Sou honesto... Sou isso e aquilo... Os problemas da cidade todos conhecem. Quer-se saber o que o candidato pretende fazer, sim. Mas tão importante é o COMO.

Vou valorizar a cultura regional... Como? Vou lutar pela qualidade de vida do cidadão... Como? O homem contemporâneo é pragmático, voltado para a objetividade, adepto da ação prática. Talvez seja por este estado de coisas que o conceito de política, hoje mais que nunca, seja tomado não pelo seu lado erudito, mas pelo lado trivial, pejorativo.

Resumindo, seja tomado como papo furado. De qualquer forma, as eleições aconteceram, todos os candidatos eram viáveis, tinham seus méritos, fizeram a sua parte. Espero que o eleitorado tenha feito a dele... votado com consciência.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

DOIDURA



Não, não há qualquer truismo.

Nosso amor foi sempre assim.

Eu pensava te amar

E não te amava tanto assim.

Mas você é dicotômica

Facilidade ao decidir.

Não entendia! tu aceitavas

O meu constante ir e vir.

Você sendo exotérica

tinhas facil compreenção

Eu que não percebia

Perdido em meu animismo

Toda a sua percepção.

Tu me amavas só com o corpo

Na alma? nada...ninguém.

Meu querer tão aurifulgente

Em contraste com o teu

Se podemos chamar de amor

Esse ¨trem¨que você me deu.

Se um amor pode ser funéreo

ao teu posso chamar assim

Mas eu creio no atanatismo

E a heurística vou praticar

E antes que se dê a ida

Outro amor vou encontrar

Vá você, nesse mundo utópico

Todo viciado de falácias

Se destruindo aos poucos

Até que te faltem as hemácias

Eu sigo o meu caminho

Meu mundo, meu campanário.

Hein! não entendeu nada?

Compra já um dicionário



Hamilton Brito




sábado, 11 de outubro de 2008

REDEMOINHO

REDEMOINHO

José Hamilton da Costa Brito


Certas coisas nesse mundo
Não têm razão de ser.
Muita coisa está escrita.
Pode-se a tudo,obedecerr?
Muitas falam de amor...
Olha, de amor,não falam não.
A maioria não fica bem colocada
Nem em trazeira de caminhão.
Vejam uma que eu li
Pare para analisar
Como pode uma pessoa
Tanta mer...digo, bobagem falar.
Nunca deixe os teus sonhos
A de outro se misturar.
Se sonhos não se misturam
Não se conjuga o verbo amar
Não há beleza no amor
Se não existe comunhão
Amor sem cumplicidade
Está fadado à extrema unção
E eu não quero nesse mundo
ter meu caminho sózinho
...quero com você
Me atirar num redemoínho

UM AMIGO JOSÉ GERALDO MARTINEZ POETA


Eu tenho um amigo, no mínimo, interessante: José Hamilton da Costa Brito! Um belíssimo cantor das noites Araçatubenses e agora dando os primeiros passos na crônica e poesia, mostrando a todos nós quem tem quilate. Por que interessante? O Brito - para quem não o conhece - mostra-se como uma figura explosiva, do tipo "sem travas na língua"! Bastante crítico e autêntico, além de questionador, faz deste meu amigo uma pessoa de certa forma "temida" à primeira vista! Não é raro vê-lo em calorosas discussões com outros amigos e nos mais variados temas.
Acontece que este mesmo Brito é um menino! Sim! Um menino! Daquele que ainda se emociona facilmente, quando se recorda da infância vivida em fazenda, cuidado pela tia. Seus olhos verdes logo são cobertos por lágrimas saudosas de um tempo onde aquele menino ainda sonhava com um futuro, longe daquelas pastagens rurais. José Hamilton da Costa Brito é um menino! Que ainda chora quando fala da netinha, que ainda sofre com um amigo e que ainda esconde seus medos entre óculos e cabelos grisalhos. Dentro de suas bermudas e tênis, chega cantarolando à nossa volta e não demora para escutarmos uma das mais belas vozes do nosso interior paulista.
Naquele exato momento, ele abandona o menino e deixa cantar o artista e nesta viagem nos leva para "Os sonhos mais lindos". Por certo, muitas almas vão se juntando, misturando-se vivos e mortos. Parece que vejo Altemar Dutra chegando para escutá-lo! Não bastasse... Miltinho Rodrigues ao lado de Adoniran Barbosa, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves... Este é o meu amigo Brito! Que conhece boa parte do Brasil e conta dele suas interessantes histórias do tempo de laboratório! Quando não, lembra das carteiras da Faculdade, que lhe agraciaram com o diploma de advogado. Deixa o palco da noite vestido de cantor e logo sisudo briga por seu São Paulo e, contestador, duvida da eificácia do pacote econômico americano. Não tarda a chegar o menino, quando a madrugada é alta e lá vai ele de bermuda e tênis, lembrando-se de seu pai. Nesta hora, despede o homem e, no imaginário, deita-se no colo do velho e ali dorme em lembranças infindas de um tempo. Enquanto longe, pareço escutar Altemar... "Quero contigo meu velho"... Chora ele, chora eu!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

JEITO,SEMPRE HA...

Sempre há algo mais a fazer.
Fazer...exatamente o que?
Lembro-me, ainda foi ontem.
Foste...o que fazer.
Mesmo no hoje, que ja finda
Ainda te amo...ainda.
E seguramente te amarei amanhã
E durante o tempo que não acaba
Com o passado você foi embora
por tua culpa, não tenho presente.
Fico a pensar naquele olhar
Também naquele sorriso maroto
Recordo da sessão das seis...
As vezes era amendoim
Quando não era bala de café
Daquela cadeira vazia ao teu lado
Dita ocupada, esperando por mim.
Lembra, o desgraçado do lanterninha
Vigiando as mãos bobinhas...
Tudo está no passado...
que nada. Está aqui e agora.
Só você que foi embora.
Fazer medicina...era o que querias
Antes de se formar, que coisa
Sem pensar...me matarias.
Bem, não havias feito o juramento.
Hoje me perco aqui nas letras
tentando contar em poesia
mais um caso de amor perdido.
Sempre há algo a se fazer?
Sei lá...sei não...talvez



hamilton brito




domingo, 5 de outubro de 2008

MEU TIPO INESQUECIVEL


MEU TIPO INESQUECIVEL


Provavelmente estarei cometendo plagio começando este texto desta forma, mas o que há de se fazer: ela é meu tipo inesquecível.
Quem foi ela?
Foi alguém que tinha o habito de encontrar formas de ajudar a quem dela precisasse
Dedicou toda a sua vida à sua igreja, às suas obras de caridade, aos seus doentes, enfim ao próximo, estivesse ele próximo ou longe.
Foram muitos os empreendimentos que levou até o fim, auxiliada por pessoas também maravilhosas; cita-las todas me é impossível, pois que naqueles tempos eu ainda nem adolescente era direito. Algumas ficaram nas minhas lembranças: O senhor João Gomes Guimarães, sempre elegante e que foi meu primeiro patrão, tendo me ensinado minhas primeiras lições de responsabilidade e dedicação ao trabalho, uma vez que todas as tardes eu estava com ele no prédio em construção da Creche Santa Clara de Assis datilografando as correspondências endereçadas aos deputados, senadores, e instituições governamentais pedindo ajuda financeira para a obra em andamento.
Lembro-me das reuniões nas quais ele, D.Elza, D.Martina Rico, D.Maria dos Anjos, Senhor Antonio Fileto faziam planos para arrecadar contribuições; antes, já tinham construído a capela do cemitério e o centro social São José.
Não havia atividade na matriz, aquela outra mais bonita e majestosa, não sei o porque de a derrubarem, na qual D.Elza não estivesse participando como mentora e organizadora. Quantas vezes o Raimundo, o mais famoso sacristão que conheci, ia lá em casa em busca de alguma ajuda para uma ou outra atividade. Até monsenhor Victor Ribeiro Mazzei, muitas vezes lavou as mãos e deixou que ela resolvesse alguma pendenga.
Enquanto vivia para os outros e suas obras, nunca se descuidou da família... aqui começa o que ela representou para mim, meus irmãos e primos.
Viúva e ainda jovem, foi com seus dois filhos morar com a mãe, também viúva e com filhos ainda para criar; uma nas maquinas de costura e a outra nos serviços da casa e criaram filhos, irmãos, sobrinhos e alguns agregados, que amor pouco era bobagem.
Religiosa, vibrou quando eu quis ser padre e lá fui para o seminário; aprendi as coisas do Senhor, a declinar os substantivos, a conjugar os verbos, para que caso ia o sujeito e os objetos até descobrir que o padre que eu queria ser era bem outro... como era uma intelectual Aristotélica, daqueles que ensinam mas não impõe, a nada obrigam deixando que as pessoas tomem suas próprias decisões, assim como me ajudou a ir me ajudou também a voltar.
A sociedade Araçatubense lhe outorgou o titulo de Cidadã Araçatubense e perenizou o seu nome com esta Creche aqui do bairro Umuarama
Tinha que ser creche infantil.
Passou por muitos infortúnios, mas como era uma sobrevivente nunca desanimou, sempre manteve a disposição de seguir em frente.
Em toda a minha vida, nunca a chamei de Dona Elza por isso achei estranho faze-lo agora.
Chamava-a de madrinha.
Como eu a via?
Sei lá...
Só sei que a amei.
Que a amo e amarei sempre.

PAPO FURADO

Outro dia, estava lendo e encontrei os seguintes conselhos para quem quer ter sucesso:
a) Falar bem em público - está ai em quesito no qual não me dou mal. Aprendi nos inúmeros torneios de propaganda médica simuladas, frente à diretorias completas de grandes laboratórios nos quais trabalhei, tendo muitas vezes beliscado o primeiro lugar...quem duvidar, pergunte pro Ailton Santos Silva.
b) Escrever - acho que engano bem; aqui no ¨pareio¨troco muito o
circunfléxo pelo til, pois estão muito próximos.
c) Auto-gestão - faço-a da maneira que melhor posso.As vezes não pago, mas não nego.
d) networking - caraca...sou marrecão.
e) pensamento crítico - ah! sou bom nisso...critico todo mundo. É só dar furo na minha frente.
f) Tomar decisões - sempre soube tomar decisões...acertei trinta por cento.
g) Matemática - vote, o que é isso?
h) pesquisa - só de preços.
i) Relaxamento sim...muita.
j) Contabilidade básica - Quanto aos meus créditos sempre fui muito rigoroso e vigilante. Já quanto aos débitos foi...digamos...deixa pra lá.


hamilton brito
h)


sábado, 4 de outubro de 2008

BIOGRAFIA

A senhora Suma Itinose é de família oriunda da província de Saga-Ken, cidade de Ohmali,lá na distante terra do sol nascente e do lindo Fuji.Casou-se aos quinze anos com Kansuke Itinose e com ele chegou ao Brasil em 1914.
Teve os filhos: Massako Itinose, falecida, Hirose Itinose, contador e jornalista, falecido; Yassuto Itinose, advogado e funcionário aposentado da polícia técnica; Sadami Itinose, engenheiro químico; Mituyo Itinose, professor aposentado e Etsuko Itinose, farmacêutica.

A FAVOR DA VIDA

E então Deus disse : amai-vos como eu vos amei e crescei e multiplicai. Do conselho, partiu logo o bom Deus, para a ação: nos legou Suma Itinose.
Veio para o Brasil para lutar pela sua vida e a de tantas...
Sobre a vinda, assim se pronuncia o filho Hirose, em poema dedicado à mãe: ¨navegando no vagaroso Wakasa-Maru, dia após dia, noite após noite, nas profundas e misteriosas águas do Pacífico, atravessando o chegando às terras sagradas de Santa Cruz¨.
Residiram primeiramente na região Araraquarense, município de Matão, cidade que dá nome a uma linda valsa. Só poderia ser assim, uma senhora tão sensível em uma cidade musa de linda canção.
Veio para a região de Araçatuba, já como proprietária de dez alqueires de terra no bairro Água Limpa. Trazia experiência na lavoura do café e aqui incorporou conhecimentos sobre a lavoura do arroz.
Suma Itinose era parteira formada no Japão.
Durante a viagem atendeu a inúmeras parturientes e todas foram felizes, dada à sua habilidade. O trabalho árduo na lavoura não lhe prejudicou e não importava a hora, antes ou depois do trabalho atendia aos chamados. Principalmente durante,largava tudo para que alguém tivesse competente assistência ,
Amai-vos como eu vos amei.
Ninguém levou mais a sério estas palavras.Com os filhos já adultos, vieram para a cidade de Araçatuba. Corria o ano de 1926. Em 1927 , ingressaram na atividade comercial, com um armazém de secos e molhados. Na cidade grande, ficou conhecida pelo caráter e pela habilidade de parteira. Ficou conhecida como Maria parteira,
Este respeito e admiração foi-lhe dado de maneira oficial.
E aqui cito um fato que me é particularmente grato,
Por estes motivos que só Deus explica, recebi a grata incumbência de fazer esta crônica e poder fazer a referência de que o título de Cidadã Araçatubense foi outorgado na mesma sessão que outorgou o mesmo título à Dona Elza Vieira de Brito Zonetti, minha tia. Esta pela a assistência social desenvolvida durante toda à vida.Aquela por ter sido a primeira parteira profissional da cidade.
Ambas, pelo caráter e grande sentimento de humanidade.
Por tudo isso e por muito mais, posto que aqui a expressão poço de virtudes se aplica bem, dona Suma foi reconhecida pela sociedade Araçatubense.
Confúcio disse: seja sincero, exigente e suave¨
Dona Suma Itinose era assim mesmo; tranqüila, suave, delicada mas dotada de grande energia e dedicação e estas qualidades passou aos seus filhos.
A todos os que deixaram as sua terras e vieram para cá,sobretudo à dona Suma e seus descendentes, nossa imorredoura gratidão, para como disse Drumond, contribuírem para que fiquemos mais ricos em qualidades humanas

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

N A N A

N A N A

AGORA QUE FAZ UM TEMPO
ACHO QUE CHEGOU A HORA
O MOMENTO DE FALAR,,,
ALGUÉM QUE PERDE ALGUÉM
SOBRETUDO UM QUEM COMO VOCE
QUE CEDO FOI AO INFINITO
DEIXANDO EM TODOS NOS
A PERGUNTA EM FORMA DE GRITO:
POR QUÊ ?
NÃO NOS CABE PERGUNTAR
NEM TAMPOUCO RECLAMAR
SÓ NOS CABE A ACEITAÇÃO
POR FERIDO QUE ESTEJA O CORAÇÃO
NA APARENTE FRAGILIDADE
TEVE DA GUERREIRA A NOBREZA
FOSTE JOANA D¨ARC,,,MULHER
POR MAIS QUE O TEMPO PASSE
NOS LEMBRAREMOS DA FACE
DE QUEM COMO ¨ELE¨OPEROU
FIZESTE DA ÁGUA, O VINHO.
TAMBÉM MULTIPLICASTES O PÃO
POUCOS ERAM OS TEUS RECURSOS
MAS MUITO TINHAS NO CORAÇÃO
ENTÃO QUERIDA, DESCANSE.
É TUA HORA DE REPOUSAR
A GENTE SEGUE POR AQUI
ATÉ QUE DEUS NOS LEVE
PRA CONTIGO, ENCONTRAR.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

FASCINAÇÃO


Um sonho mais lindo, sonhei..

assim, como na canção...

e continuei sonhando...acordado.

mil castelos ergui.

Mas o teu olhar, frio, sem emoção

fez-me obra sem estrutura

uma infeliz, criatura

o teu corpo é luz

não vou dizer que não

mas teu coração...

arruinado por opção

não sabe o que é o amor.

Não tivesses amor por mim...

Você não ama ninguém.

e vais morrer sem um quem

que possa teus olhos fechar

quando chegar o teu fim

como ando seguindo teus passos

eu estarei ao teu lado

quando tua hora chegar









hamilton brito












terça-feira, 30 de setembro de 2008

Soletrando: Até quando?

Folha da região
José Hamílton da Costa Brito
Terça-feira - 30/09/2008 - 03h01



Quatro da manhã
Levanta o cidadão
Queria um banheiro
Banheiro, não tem não
Tem privada de buraco
Lava as partes com sabão
Sai correndo pra labuta
E dinheiro pro transporte
O coitado, não tem não
Seus filhos vão pra escola
Pra comer nunca têm pão
E os panfletos tão na rua
Só falando de eleição
O coitado tem certeza
Melhoria, não vem não
Tem vontade de apelar
Mas se apega na oração
Inda bem que os seus pais
Sem dinheiro pra deixar
Lhe deixaram educação
E apesar dos contratempos
Bandidagem? Não vai não
Esta é a triste história
De um sofrido cidadão


Não se concebe que esses problemas não tenham soluções, sobretudo nos dias contemporâneos, nos quais as ciências alcançaram tão alto grau de excelência.


É revoltante ainda ouvir dizer que para fazer isso ou aquilo é necessário que se tenha vontade política. Por que não tê-la, nunca a tiveram então? Cabe a pergunta, uma vez que os problemas são sempre os mesmos e as soluções são sempre as mais utópicas e distantes da realidade. Por isso, persistem. Vejamos a questão da educação.


Quem não quer que o seu filho tenha acesso a uma boa educação? Mas o que se ouve é que educação não dá voto. Talvez por isso é que 3% das comarcas não possuam vara de infância e juventude, mais de 800 mil crianças entre 7 e 14 anos de idade estão fora da escola e ainda se espera que até 2011 a freqüência às creches chegue a 50% e 80% na pré-escola. Estarrece ainda a informação que em muitas cidades o secretário da Educação não sabe qual é o orçamento para a sua própria pasta. Ah! Esses números já diminuíram; pode ser, mas não desapareceram.


Segundo reportagem de revista semanal, municípios onde se gastou mais com educação, os prefeitos tiveram menos chance de se reelegerem ou elegerem seus sucessores. A que ponto chegamos.


Bem feito para mim, para você e para todos nós. Só um lembrete, o rap acima conclama a que se tome cuidado, quem um dia derrubou uma Bastilha, bem pode cismar de derrubar uma Brasília.
José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

Declamação- Amigos Da AAL (ATA)

domingo, 28 de setembro de 2008

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espêlho de agora
Hoje és do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos defeitos somados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas cançôes que você nao cantava
Hoje assobia para sobreviver
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos, ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
hoje acredita que amam você



Oswaldo Montenegro cantor/compositor



MINHA PRIMINHA

Deus, não sei o que fazer...
Olha onde fui me meter.
Dela...eu nada sei!
O avô...ah! este eu amei.
Da mãe, eu nunca esqueci.
Mas ela, eu nunca a vi.
Mas, sendo neta de quem é
E a mãe, eu conhecendo.
Aqui no peito, to sabendo.
Que não é só um rostinho
Um sorriso muito lindinho
As belezas que ela tem.
Deus, ela é moça danada
Persistente, esforçada.
Não dá mole, eu te juro.
Saindo debaixo do teto
Foi pra longe, estudar.
Tá cuidando do futuro.
Deus, proteja-a do cramunhão
Está longe da mãe e do irmão
Sabe, é muita beleza sozinha
Então, te peço, Senhor
Me faça este favor
Cuide da minha priminha


Hamilton brito


sábado, 27 de setembro de 2008

QUEM SABE

Onde está o paraíso?
Tanto tempo o procurei.
Noites indormidas...
Tantas horas perdidas.
Procurei...não achei.
Por pessimismo manifesto
Então, de nada protesto.
No amor, não acreditei.
Meu semelhante... ignorei.
Deus! O que fiz de mim?
Vivendo sem esperança
Fui pelo caminho, só.
Ninguém a me acompanhar.
Não vi que a estrada era curta
E por comprida, que fosse.
Não poderia ser assim.
Aconteceu porque eu quis
Segui me destruindo...
Agora que a estrada já finda
Quem sabe eu possa, ainda.
O meu paraíso achar
Quem sabe, na curva da estrada.
Eu possa num lance de sorte
Em um olhar como o teu
O céu buscado, encontrar.


Hamilton brito

AMAR VOCÊ

amar você me fez assim
alguém perdido,mais perto do fim.
que durante toda a vida foi um tonto.
não me arrependo...amei você...pronto!
amar você foi contemplar estrelas
ter no corpo o vento das noitinhas
ver pássaros namorando nos fios.
sentir a aragem fresca das manhãs.
ver a relva nascer nas calçadas
mas...tudo na horizontal...
te busquei no fundo das garrafas.
não me arrependo...amei você...pronto!
amar primaveras, como o poeta Martinez?
Ah! primaveras eu não amei...
me dei melhor com os invernos
refletiam melhor a minha alma.
me dei melhor com o sol poente
tal qual o astro rei...me ia...
lágrimas de felicidade...algumas.
lembrança do afeto e do carinho
que vivemos naquele ninho
que construimos para nos dois.
amar-te, arriscada aventura
tua alma não era pura
Naquele tempo, eu percebi.
não me arrependo...amei você...pronto!
e se um dia decidires voltar
Amei-te sim...amei e pronto...
mas aqui não quero mais estar...



hamilton brito

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CANTO DA VIDA

...E DE REPENTE, ME VI LIVRE
VOANDO ALTO, QUAl FALCÃO PEREGRINO
E VOLTEI A SER MENINO...
ARGILA QUE A VIDA NÃO MUDOU.
CORRIA PELA CAMPINA.
NO REGATO DA CAMPINA, ME BANHAVA.
EM ENCOSTAS ÍNGREMES, SUBIA.
SEM O MEDO DE CAIR.
SENTIMENTO DE LIBERDADE.
ALHEIO A TODA MALDADE.
NO FUTURO,CONFIANTE...
DE REPENTE NÃO ERA MAIS ASSIM
ME VI CONDOIDO DE MIM
AO VER A FOTOGRAFIA
AQUELA MESMA, QUE UM DIA
O NOSSO AMOR REGISTROU
É, ESTA FOTO NÃO RASGUEI
ELA VOLTA, EU PENSEI
MAS VOCÊ NÃO RETORNOU
NOS MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA
VEJO FLASHES DE FELICIDADE
VOLTO AO TEMPO EM QUE UM DIA
NAQUELE EM QUE VOCÊ ME QUERIA
HOJE, ARGILA AMASSADA
QUE OBRA DE ARTE NÃO DEU
JOGADO NUM CANTO DA VIDA
VÍTIMA DO AMOR QU¨ERA SÓ MEU


HAMILTON BRITO

QUE CONFUSÂO

Entenda como quiser
Eu não quero nem saber
Há uns trecos nesta vida
Que saber não vale a pena
Nego arma cada esquema
e vá a gente entender.
Veja só o que fizeram
na gramática da terrinha
É um tal de traço e ponto
Se encontra de todo jeito
E se a gente se confunde
Olha o texto com defeito
O diabo é o vestibular
E se o cabra aí bobeia
Olha o mal, já tá feito
Veja só este exemplo
na palavra bem-me-quer
na escrita, estão separados
Os que cultivam o bem querer
Eu não sei qual o tarado
que a escrita inverteu
e na palavra malmequer
juntou quem se fo...
e o professor de português
que na vida é burguês
te esfrega na fuça abaixo
o erro que você fez

hamilton brito

terça-feira, 23 de setembro de 2008

JOAO GOMES GUIMARÃES


João Gomes Guimarães, nasceu em Silveiras, no Estado de São Paulo. Filho de Pedro Gomes Guimarães e Constantina M. Lima Guimarães. Iniciou sua carreira profissional na rede ferroviária em Rio Claro, trabalho em Lins onde também foi coletor e veio para Araçatuba como Julgador Da Secretaria Regional Da Fazenda Do Estado De São Paulo, até se aposentar. Teve como descendentes: Pedro Gomes Guimarães Neto, José Nazareth Gomes Guimarães Sobrinho, João Gomes Guimarães Filho, casado com Ester Senna Guimarães, já falecida; Carlos Roberto Gomes Guimarães,casado com Aparecida Pena Guimarães,Vitorino Constantino Gomes Guimarães, casado com Marina Melo Guimarães, Ada Maria Guimarães, casada com Vicente Costa


JOÃO, TU ES PETRUS
Virtudes básicas: moralidade e compostura.Em todas as ações sociais, visava devolver ao menos favorecidos, uma dignidade que se esvaia: exemplo desta preocupação, foi o empenho dedicado naquela que foi a sua grande obra: a Creche Santa Clara de Assis..Em virtude de sua reputação construída na vida profissional e social, conseguiu abrir canais de diálogos em todas as camadas da população e assim, conseguia os meios necessários para as suas obras. Elas dificilmente sofriam qualquer processo de paralisação. Senhor João era metódico; gostava de respeitar horários. Sobretudo os de levantar, comer e descansar; gostava da sua cadeira de balanço, local de suas leituras dos jornais, revistas e livros. Destes, admirava o gênero policial, a ponto de ter uma coleção de Ellery Queen.Frequentava às missas, pois era católico fervoroso.Tinha um sonho...conhecer Brasília. Realizou-o acompanhado do filho Raul e sua esposa, dona Vilma. Emocionou-se com a pompa e circunstância do desfile de 7 de setembro. Era um homem sensível, não surpreende que tenha trabalhado em prol das crianças.Sem ser político, sabia como fazê-la em benefício dos necessitados.
Senhor João seguiu uma trajetória única na assistência social de Araçatuba.Nenhum outro se assemelhou a ele em elegância, em dedicação e em competência para estabelecer prioridades.Enquanto o mundo decidia se ficava na esquerda ou na direita, o senhor João ia em frente, sem partidarismos, com a firme determinação de melhorar a vida das minorias. Humilde, tinha o hábito de usar sempre o plural majestático; sabia reconhecer a competência e a dedicação da sua equipe.Compunha-a pessoas que tinham a mesma dedicação e entusiasmo que ele: dona Elza Zonetti, dona Martina Rico, Dona Maria dos Anjos, senhor Antonio Fileto, senhor Olegário Ferraz e sua dedicada esposa. Além da creche Santa Clara e Assis, são frutos do trabalho desta equipe a construção da capela do cemitério, reparo no Centro Social São José, assistência aos asilos, sobretudo ao São Vicente de Paula; qualquer necessidade na igreja matriz, monsenhor Vitor logo era atendido por qualquer deles ou pela equipe inteira. Não ficava preocupado com grandes causas ou realizações. Preocupava-se apenas com as possíveis e úteis e a elas se dedicava: a pequena e modesta capela do cemitério é um bom exemplo . Para conseguir o que queria para as suas obras, era uma pessoa bem articulada com toda a sociedade Araçatubense e seu nome era respeitado muito além dos limites desta velha senhora, como a chama o elegante e competente Napoleão Xavier.Os recursos que eram conseguidos primordialmente fora das esferas do governo, pois o gasto com o social era irrisório, não havia política para o setor e a desigualdade era considerável. M.de Conti disse: Algum dia, em algum lugar, hás de encontrar-te consigo mesmo. Só de ti dependerás. Então, que seja a tua hora mais amarga ou o teu momento mais sublime¨...e então, o senhor João teve o seu momento mais sublime pois foi a pedra sobre a qual se sustentou a esperança de muitos.


HAMILON BRITO Academia Experimental de Letras




CIDINHA BARACAT


Maria Aparecida de Godoy Baracat, nasceu no município de Macauba, estado de São Paulo, no dia 22 de fevereiro de 1937, na fazenda Perobal. Filha do Avelino Jerônimo de Godoy e de Deolinda de Andrade.Formou-se professora pela então Escola Normal, hoje magistério, no Instituto de Educação Manoel Bento da Cruz.Bacharel em Direito pela Instituição Toledo de ensino, de Bauru.Possui licenciatura curta em português e inglês pela Faculdade de filosofia de Araçatuba e plena em Português e latim pela Faculdade São Luis ,de São Paulo.Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Araçatuba. Pertence-lhe a cadeira número vinte da Academia Araçatubense de Letras.


E ENTÃO OS IPÊS FLORECERAM


Maria Aparecida...Cidinha...Cidinha é como a chamam carinhosamente. Mais que um nome, importa um jeito de ser e ela é tudo de bom.Hoje os ipês floresceram, as flores são vistosas e belas mas houve época em que o cultivo foi difícil. Sua única riqueza no começo da vida foram os pais; simples, sem muito estudo mas dotados da visão de que aquela menina inteligente poderia ir longe. A mãe foi sua primeira professora, assim como das criânças da fazenda. .Foi estudar no grupo escolar de Macauba, tendo feito o curso ginasial no Instituto Dr.Pedro de Albuquerque, em Sorocaba. Seu berço foi de ouro sim, pois seus pais não tinham as moedas mas, fora isto, lhe deram força,incentivo, entusiamo, características que possui até hoje.Veio para Araçatuba, onde proseguiu os estudos.Os ipês, então, bem tratados, começaram a mostrar suas primeiras lindas flores.Alguém ajudou-a a preparar a árvore. Obrigada, amiga Ruth! Trata-se da prima RUTH ANDRADE. Dona Ruth ,que foi professora de língua inglêsa no Instituto de Educação Manuel Bento da Cruz, de Araçatuba, ficou sabendo que tinha uma prima, menina inteligente e esforçada mas carente de uma melhor condição para estudar . Recebeu-a em sua casa e dona de uma aguçada percepção, logo viu que aquela ave poderia planar nas alturas.Tratou de dar-lhe forças nas asas.O obrigada, amiga Ruth ,não exprime a gratidão que se vê no olhar de Cidinha quando fala na prima.Thomas Sweel disse:¨ter cortesia e consideração com os outros é como investir centavos e receber dólares¨.O investimento, neste caso, não foi de centavos por tudo o que representou mas o recebimento em dólares, consubstanciou-se naquela que, chegando menina ainda, transformou-se em mulher responsável, competente, culta e já voando lá no alto. Começou sua carreira em 1958, na Escola Mista do bairro Jangadinha, sem luz elétrica. Tornou-se efetiva, na cidade de Mirandópolis, veio para Araçatuba em 1967.Lecionou na Faculdade de Administração de Empresas de Araçatuba, no Colégio objetivo, no Anglo.Fundou o Centro de Comunicação e Criatividade, hoje Centro de Comunicação Cidinha Baracat.foi presidente da Associação Lítero-musical de Araçatuba. Recebeu o título de cidadã araçatubense e ocupa a cadeira n.20 da Academia Araçatubense de Letras. Mas aos sábados, muito churrasco com a família e os amigos, ao som dos violões e cantando Inezita Barrroso, de quem é fã. Casou-se com Gilberto Baracat com quem teve os filhos Gilberto,Gislaine,Genise e Gisele.É avó de uma netinha de sete anos. Dona Ruth rejubilou-se, ali estava uma obra também sua e era bela. Mario Quintana disse que amar é mudar almas.Mudança na alma da Cidinha, acho que não houve.Certas almas já nascem prontas.Bem, o muito bom é que fui aluno das duas; da Cidinha...um montão.Ita vivam, ut scio...pois é, como a vida lhe corre solta nas veias, continua estudando e aprendendo.O faz em homenagem a seus pais, à dona Ruth e a todos os alunos que a procurarem. Como eu ,um dia. Então, plagiando, obrigado amiga Cidinha.

hamilton brito Academia Experimental de letras

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

MILTON FREIRE


Milton Freire é natural de Poconé, no Estado de Mato Grosso. Filho do senhor Francisco do Amaral Freire e da senhora Oliva Gomes Freire.. Começou os estudos na sua cidade natal.Possui licenciatura em Contabilidade, adquirida na escola Joaquim Dibo, de Araçatuba. No Instituto de Educação Manuel Bento da Cruz, fez a Escola Normal, hoje magistério..Na faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu licencio-se em Ciências Sociais. Em Pedagogia, licenciou-se na Faculdade de Filosofia,Ciências e Letrss de Tupã.Terminou os seu curso de Direito, em Araçatuba, na InstituiçãoToledo de ensino.


¨OS HOMENS SE TORNAM O QUE SONHAM SER¨


Milton Freire nasceu em Poconé, no estado do Mato Grosso e veio para Araçatuba em 1959; conheceu Sílvia Lucia Marinho e com ela se casou em 1966. São filhos do casal : Milton Freire Junior, casado com Adriana M.Freire; Mílvia M.Freire Souza Barros, casada comEduardo Villaça Souza Barros;Síltom Marinho Freire, casado Milene Leite Freire e a filha do coração, Sueli de Fátima Freire. Possuem netos e netas..
E foi estruturado nesta base intelectual e familiar sólida que Milton Freire viveu e lutou; tendo conseguido o respeito da sociedade Araçatubense, pela qual dedicou toda a sua vida
Milton foi um homem voltado para a comunidade; filantropo por vocação não se absteve em nenhum momento de lutar em benefício daqueles que precisaram do seu suor ou da sua inteligência.
Gostava de ministrar cursos; tanto para casais como para noivos, primeiramente dava o exemplo da sua vida, ensinava pelo comportamento pois tinha uma família bem constituída e bonita., depois sim, lhes passava as teorias de a sua ampla formação intelectual.
Por pura vocação, não desperdiçava um momento no qual pudesse ensinar.
Para os filhos foi sempre fonte de inspiração e de coragem; pelo exemplo mostrou-lhes como viver de maneira profícua e honesta.
Ainda no seu trabalho pela comunidade, foi provedor e procurador jurídico da Santa Casa de Araçatuba; dedicado às atividades Rotarianas, foi-lhe fiel servidor.
Reconhecendo-lhe os méritos, a Fundação Educacional de Araçatuba, da qual foi conselheiro-fundador, deu seu nome ao prédio do Serviço de Atendimento Psicológico.
A loja Maçônica, da qual foi membro, deu à sua biblioteca o seu nome.
Foi vereador por duas legislaturas e em épocas nas quais não havia remuneração; então, trabalhou para o povo e deste recebeu o título de Cidadão Araçatubense, honraria mais que merecida.. Na vereança, foi secretário e Presidente da câmara.
Dedicou toda a sua vida à Araçatuba para onde veio, tendo o seu primeiro emprego na Construtora Araçatubense, do senhor Elízio Gomes de Carvalho. Depois, prestou concurso para fiscal sanitário da Prefeitura Municipal; tendo sido aprovado, ai fez carreira.
No magistério, foi secretário de escola em Penápolis; foi também diretor.Lecionou história geral e do Brasil e geografia geral e do Brasil. Também deu aulas de Organização Social e Política do Brasil.Lecionou ainda em Santópolis do Aguapeí e Clementina e foi diretor em Rubiácea.
Pessoa sensível, romântica, gostava de escrever. Lia os clássicos. Gostava da música Sacra.
Ouvia também popular, sobretudo a francesa. La vie en Rose e La Mer eram suas músicas preferidas.
Diria que Milton Freire foi um intelectual Aristotélico, ou seja, ensinava o que sabia sem nada impor, deixava que as pessoas escolhessem o que lhes servia.Nunca impôs suas teorias, conhecimentos para quem quer que fosse.

Um homem dedicado à família, à sociedade, aos amigos. Araçatuba é uma cidade que pode se orgulhar dos seus filhos....Milton Freire foi um deles, seguramente.
E assim ele foi.
E assim ele se foi...mas deixou saudades.


ANTES DE MAIS NADA




POIS É, ANTES DE MAIS NADA Antes de mais nada, os meus respeitos às pessoas que estão submetendo os seus nomes à apreciação dos eleitores nesta eleição.Sei que o grande número de candidatos e o exíguo tempo disponível para cada um, impossibilita grandes e objetivos pronunciamentos, mas precisamos pensar no que ocorre.Não podemos aceitar o que se vê e sobretudo o que se ouve. Nos dias contemporâneos , com o avanço da tecnologia, possibilitando à população acesso á informação e consequentemente a edificação de melhor base cultural, assistir a todo este palavreado sem sentido dos programas eleitorais.Política é arte ou é ciência? Apesar das teorias pertinentes aos conceitos de ambas, existe a aceitação de que ambas se influenciam, pela proximidade que possuem. Enfocando que seja ciência, sabe-se que esta é adquirida ou estruturada , tem objeto proprio de estudo, uma linguagem propria, métodos e processos para estudo. Então, ser um Von Braun, qualquer um pode, desde que se dedique a estudar mas ser um Picasso... Pode dar cadeia. E falo do Picasso maior, e não do Picasso araçatubense.Então o mundo gira, tudo se transforma, mas nada se cria.Os programas eleitorais continuam sempre do mesmo jeito e a apresentação dos candidatos idem. Quem assiste a uma peça teatral mil vezes...Então se ouve : acredito que...,defendo...,reconheço...,lutarei...,valorizarei...,sou honesto...;sou isso e aquilo.Os problemas da cidade, todos conhecem; se quer saber o que o candidato pretende fazer, mas o como é igualmente importante. Exemplo: vou lutar pela qualidade de vida da população...Como? Vou valorizar as culturas regionais (só faltava falar que nao vai valorizar)... Como?O homem contemporâneo é pragmático, ou seja, voltado para a objetividade, voltado para a ação prática.Talvez seja por esse estado de coisas que o conceito de política , hoje mais que nunca, seja tomado, não pelo lado erudito mas pelo lado trivial, pejorativo. Resumindo, seja tomado como papo-furado.





hamilon brito grupo experimental aa academia




domingo, 21 de setembro de 2008

SANGUE AZUL


SANGUE AZUL


É PRECISO TER MENTE
QUE DEPENDE SÓ DA GENTE
A PROPRIA VIDA ARRUMAR
VEJA BEM QUE DISPARATE
VER ALGUÉM DO SEU QUILATE
COM VONTADE DE CHORAR...
TÁ, CHORAR NÃO É RUIM
LIMPA ÁS VEZES O CORAÇÃO
E DÁ CONFORTO, NO FIM
MAS A VIDA É ASSIM MESMO
E TEM DIA QUE NADA FUNCIONA
TUDO PARECE UMA ZONA
DÁ VONTADE DE MORRER
MAS JÁ DISSE, ÉS GUERREIRA
E NEM POR BRINCADEIRA
VAIS OS PONTOS ENTREGAR
E OLHA SÓ QUE LINDURA
MESMO A VIDA SENDO DURA
TU VOLTASTE A ESTUDAR
NÃO SEI SE É SOCIOLOGIA
PODE SER PEDAGOGIA
O IMPORTANTE É ENCARAR
QUANDO OLHARES NO ESPELHO
OUÇA AQUELA QUE LÁ ESTÁ
ELA, QUEM MELHOR TE CONHECE
VAI DIZER, TÃNIA, ESQUEÇE
E VAI BRIGAR PRA SER FELIZ
POIS A VIDA NÃO PERDOA
E NEGA, NÃO FICA BEM
SE A PESSOA TEM NA VEIA
O SANGUE QUE VOCÊ TEM


HAMILTON DE BRITO


quinta-feira, 18 de setembro de 2008


Eu não sei se é por demência

Ou por pura imcompetência

Que as poesias são assim.

Já vem lá do comecinho

Sendo sempre o mesmo tema

Vai enchendo até o fim.

É uma puta louvação

Quando não é babação

Só se fala em sofrimento.

Entra dia e sai dia

Não se vê mais poesia

Abordando felicidade.

Poetas novos? não tem...

¨Véio¨, na hora do amém

Só fala de amor perdido.

Pô, haja muita paciência...

Só papo de nego fudido...

Vos peço, meu poeta

Chega de papo furado

Do eu sou um desgraçado

Choradeira e reclamação

Não resolve a coisa,não

E faz mal pro coração







hamilton brito