Meu primeiro livro virtual

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

DOIDURA



Não, não há qualquer truismo.

Nosso amor foi sempre assim.

Eu pensava te amar

E não te amava tanto assim.

Mas você é dicotômica

Facilidade ao decidir.

Não entendia! tu aceitavas

O meu constante ir e vir.

Você sendo exotérica

tinhas facil compreenção

Eu que não percebia

Perdido em meu animismo

Toda a sua percepção.

Tu me amavas só com o corpo

Na alma? nada...ninguém.

Meu querer tão aurifulgente

Em contraste com o teu

Se podemos chamar de amor

Esse ¨trem¨que você me deu.

Se um amor pode ser funéreo

ao teu posso chamar assim

Mas eu creio no atanatismo

E a heurística vou praticar

E antes que se dê a ida

Outro amor vou encontrar

Vá você, nesse mundo utópico

Todo viciado de falácias

Se destruindo aos poucos

Até que te faltem as hemácias

Eu sigo o meu caminho

Meu mundo, meu campanário.

Hein! não entendeu nada?

Compra já um dicionário



Hamilton Brito




sábado, 11 de outubro de 2008

REDEMOINHO

REDEMOINHO

José Hamilton da Costa Brito


Certas coisas nesse mundo
Não têm razão de ser.
Muita coisa está escrita.
Pode-se a tudo,obedecerr?
Muitas falam de amor...
Olha, de amor,não falam não.
A maioria não fica bem colocada
Nem em trazeira de caminhão.
Vejam uma que eu li
Pare para analisar
Como pode uma pessoa
Tanta mer...digo, bobagem falar.
Nunca deixe os teus sonhos
A de outro se misturar.
Se sonhos não se misturam
Não se conjuga o verbo amar
Não há beleza no amor
Se não existe comunhão
Amor sem cumplicidade
Está fadado à extrema unção
E eu não quero nesse mundo
ter meu caminho sózinho
...quero com você
Me atirar num redemoínho

UM AMIGO JOSÉ GERALDO MARTINEZ POETA


Eu tenho um amigo, no mínimo, interessante: José Hamilton da Costa Brito! Um belíssimo cantor das noites Araçatubenses e agora dando os primeiros passos na crônica e poesia, mostrando a todos nós quem tem quilate. Por que interessante? O Brito - para quem não o conhece - mostra-se como uma figura explosiva, do tipo "sem travas na língua"! Bastante crítico e autêntico, além de questionador, faz deste meu amigo uma pessoa de certa forma "temida" à primeira vista! Não é raro vê-lo em calorosas discussões com outros amigos e nos mais variados temas.
Acontece que este mesmo Brito é um menino! Sim! Um menino! Daquele que ainda se emociona facilmente, quando se recorda da infância vivida em fazenda, cuidado pela tia. Seus olhos verdes logo são cobertos por lágrimas saudosas de um tempo onde aquele menino ainda sonhava com um futuro, longe daquelas pastagens rurais. José Hamilton da Costa Brito é um menino! Que ainda chora quando fala da netinha, que ainda sofre com um amigo e que ainda esconde seus medos entre óculos e cabelos grisalhos. Dentro de suas bermudas e tênis, chega cantarolando à nossa volta e não demora para escutarmos uma das mais belas vozes do nosso interior paulista.
Naquele exato momento, ele abandona o menino e deixa cantar o artista e nesta viagem nos leva para "Os sonhos mais lindos". Por certo, muitas almas vão se juntando, misturando-se vivos e mortos. Parece que vejo Altemar Dutra chegando para escutá-lo! Não bastasse... Miltinho Rodrigues ao lado de Adoniran Barbosa, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves... Este é o meu amigo Brito! Que conhece boa parte do Brasil e conta dele suas interessantes histórias do tempo de laboratório! Quando não, lembra das carteiras da Faculdade, que lhe agraciaram com o diploma de advogado. Deixa o palco da noite vestido de cantor e logo sisudo briga por seu São Paulo e, contestador, duvida da eificácia do pacote econômico americano. Não tarda a chegar o menino, quando a madrugada é alta e lá vai ele de bermuda e tênis, lembrando-se de seu pai. Nesta hora, despede o homem e, no imaginário, deita-se no colo do velho e ali dorme em lembranças infindas de um tempo. Enquanto longe, pareço escutar Altemar... "Quero contigo meu velho"... Chora ele, chora eu!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

JEITO,SEMPRE HA...

Sempre há algo mais a fazer.
Fazer...exatamente o que?
Lembro-me, ainda foi ontem.
Foste...o que fazer.
Mesmo no hoje, que ja finda
Ainda te amo...ainda.
E seguramente te amarei amanhã
E durante o tempo que não acaba
Com o passado você foi embora
por tua culpa, não tenho presente.
Fico a pensar naquele olhar
Também naquele sorriso maroto
Recordo da sessão das seis...
As vezes era amendoim
Quando não era bala de café
Daquela cadeira vazia ao teu lado
Dita ocupada, esperando por mim.
Lembra, o desgraçado do lanterninha
Vigiando as mãos bobinhas...
Tudo está no passado...
que nada. Está aqui e agora.
Só você que foi embora.
Fazer medicina...era o que querias
Antes de se formar, que coisa
Sem pensar...me matarias.
Bem, não havias feito o juramento.
Hoje me perco aqui nas letras
tentando contar em poesia
mais um caso de amor perdido.
Sempre há algo a se fazer?
Sei lá...sei não...talvez



hamilton brito




domingo, 5 de outubro de 2008

MEU TIPO INESQUECIVEL


MEU TIPO INESQUECIVEL


Provavelmente estarei cometendo plagio começando este texto desta forma, mas o que há de se fazer: ela é meu tipo inesquecível.
Quem foi ela?
Foi alguém que tinha o habito de encontrar formas de ajudar a quem dela precisasse
Dedicou toda a sua vida à sua igreja, às suas obras de caridade, aos seus doentes, enfim ao próximo, estivesse ele próximo ou longe.
Foram muitos os empreendimentos que levou até o fim, auxiliada por pessoas também maravilhosas; cita-las todas me é impossível, pois que naqueles tempos eu ainda nem adolescente era direito. Algumas ficaram nas minhas lembranças: O senhor João Gomes Guimarães, sempre elegante e que foi meu primeiro patrão, tendo me ensinado minhas primeiras lições de responsabilidade e dedicação ao trabalho, uma vez que todas as tardes eu estava com ele no prédio em construção da Creche Santa Clara de Assis datilografando as correspondências endereçadas aos deputados, senadores, e instituições governamentais pedindo ajuda financeira para a obra em andamento.
Lembro-me das reuniões nas quais ele, D.Elza, D.Martina Rico, D.Maria dos Anjos, Senhor Antonio Fileto faziam planos para arrecadar contribuições; antes, já tinham construído a capela do cemitério e o centro social São José.
Não havia atividade na matriz, aquela outra mais bonita e majestosa, não sei o porque de a derrubarem, na qual D.Elza não estivesse participando como mentora e organizadora. Quantas vezes o Raimundo, o mais famoso sacristão que conheci, ia lá em casa em busca de alguma ajuda para uma ou outra atividade. Até monsenhor Victor Ribeiro Mazzei, muitas vezes lavou as mãos e deixou que ela resolvesse alguma pendenga.
Enquanto vivia para os outros e suas obras, nunca se descuidou da família... aqui começa o que ela representou para mim, meus irmãos e primos.
Viúva e ainda jovem, foi com seus dois filhos morar com a mãe, também viúva e com filhos ainda para criar; uma nas maquinas de costura e a outra nos serviços da casa e criaram filhos, irmãos, sobrinhos e alguns agregados, que amor pouco era bobagem.
Religiosa, vibrou quando eu quis ser padre e lá fui para o seminário; aprendi as coisas do Senhor, a declinar os substantivos, a conjugar os verbos, para que caso ia o sujeito e os objetos até descobrir que o padre que eu queria ser era bem outro... como era uma intelectual Aristotélica, daqueles que ensinam mas não impõe, a nada obrigam deixando que as pessoas tomem suas próprias decisões, assim como me ajudou a ir me ajudou também a voltar.
A sociedade Araçatubense lhe outorgou o titulo de Cidadã Araçatubense e perenizou o seu nome com esta Creche aqui do bairro Umuarama
Tinha que ser creche infantil.
Passou por muitos infortúnios, mas como era uma sobrevivente nunca desanimou, sempre manteve a disposição de seguir em frente.
Em toda a minha vida, nunca a chamei de Dona Elza por isso achei estranho faze-lo agora.
Chamava-a de madrinha.
Como eu a via?
Sei lá...
Só sei que a amei.
Que a amo e amarei sempre.

PAPO FURADO

Outro dia, estava lendo e encontrei os seguintes conselhos para quem quer ter sucesso:
a) Falar bem em público - está ai em quesito no qual não me dou mal. Aprendi nos inúmeros torneios de propaganda médica simuladas, frente à diretorias completas de grandes laboratórios nos quais trabalhei, tendo muitas vezes beliscado o primeiro lugar...quem duvidar, pergunte pro Ailton Santos Silva.
b) Escrever - acho que engano bem; aqui no ¨pareio¨troco muito o
circunfléxo pelo til, pois estão muito próximos.
c) Auto-gestão - faço-a da maneira que melhor posso.As vezes não pago, mas não nego.
d) networking - caraca...sou marrecão.
e) pensamento crítico - ah! sou bom nisso...critico todo mundo. É só dar furo na minha frente.
f) Tomar decisões - sempre soube tomar decisões...acertei trinta por cento.
g) Matemática - vote, o que é isso?
h) pesquisa - só de preços.
i) Relaxamento sim...muita.
j) Contabilidade básica - Quanto aos meus créditos sempre fui muito rigoroso e vigilante. Já quanto aos débitos foi...digamos...deixa pra lá.


hamilton brito
h)


sábado, 4 de outubro de 2008

BIOGRAFIA

A senhora Suma Itinose é de família oriunda da província de Saga-Ken, cidade de Ohmali,lá na distante terra do sol nascente e do lindo Fuji.Casou-se aos quinze anos com Kansuke Itinose e com ele chegou ao Brasil em 1914.
Teve os filhos: Massako Itinose, falecida, Hirose Itinose, contador e jornalista, falecido; Yassuto Itinose, advogado e funcionário aposentado da polícia técnica; Sadami Itinose, engenheiro químico; Mituyo Itinose, professor aposentado e Etsuko Itinose, farmacêutica.

A FAVOR DA VIDA

E então Deus disse : amai-vos como eu vos amei e crescei e multiplicai. Do conselho, partiu logo o bom Deus, para a ação: nos legou Suma Itinose.
Veio para o Brasil para lutar pela sua vida e a de tantas...
Sobre a vinda, assim se pronuncia o filho Hirose, em poema dedicado à mãe: ¨navegando no vagaroso Wakasa-Maru, dia após dia, noite após noite, nas profundas e misteriosas águas do Pacífico, atravessando o chegando às terras sagradas de Santa Cruz¨.
Residiram primeiramente na região Araraquarense, município de Matão, cidade que dá nome a uma linda valsa. Só poderia ser assim, uma senhora tão sensível em uma cidade musa de linda canção.
Veio para a região de Araçatuba, já como proprietária de dez alqueires de terra no bairro Água Limpa. Trazia experiência na lavoura do café e aqui incorporou conhecimentos sobre a lavoura do arroz.
Suma Itinose era parteira formada no Japão.
Durante a viagem atendeu a inúmeras parturientes e todas foram felizes, dada à sua habilidade. O trabalho árduo na lavoura não lhe prejudicou e não importava a hora, antes ou depois do trabalho atendia aos chamados. Principalmente durante,largava tudo para que alguém tivesse competente assistência ,
Amai-vos como eu vos amei.
Ninguém levou mais a sério estas palavras.Com os filhos já adultos, vieram para a cidade de Araçatuba. Corria o ano de 1926. Em 1927 , ingressaram na atividade comercial, com um armazém de secos e molhados. Na cidade grande, ficou conhecida pelo caráter e pela habilidade de parteira. Ficou conhecida como Maria parteira,
Este respeito e admiração foi-lhe dado de maneira oficial.
E aqui cito um fato que me é particularmente grato,
Por estes motivos que só Deus explica, recebi a grata incumbência de fazer esta crônica e poder fazer a referência de que o título de Cidadã Araçatubense foi outorgado na mesma sessão que outorgou o mesmo título à Dona Elza Vieira de Brito Zonetti, minha tia. Esta pela a assistência social desenvolvida durante toda à vida.Aquela por ter sido a primeira parteira profissional da cidade.
Ambas, pelo caráter e grande sentimento de humanidade.
Por tudo isso e por muito mais, posto que aqui a expressão poço de virtudes se aplica bem, dona Suma foi reconhecida pela sociedade Araçatubense.
Confúcio disse: seja sincero, exigente e suave¨
Dona Suma Itinose era assim mesmo; tranqüila, suave, delicada mas dotada de grande energia e dedicação e estas qualidades passou aos seus filhos.
A todos os que deixaram as sua terras e vieram para cá,sobretudo à dona Suma e seus descendentes, nossa imorredoura gratidão, para como disse Drumond, contribuírem para que fiquemos mais ricos em qualidades humanas

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

N A N A

N A N A

AGORA QUE FAZ UM TEMPO
ACHO QUE CHEGOU A HORA
O MOMENTO DE FALAR,,,
ALGUÉM QUE PERDE ALGUÉM
SOBRETUDO UM QUEM COMO VOCE
QUE CEDO FOI AO INFINITO
DEIXANDO EM TODOS NOS
A PERGUNTA EM FORMA DE GRITO:
POR QUÊ ?
NÃO NOS CABE PERGUNTAR
NEM TAMPOUCO RECLAMAR
SÓ NOS CABE A ACEITAÇÃO
POR FERIDO QUE ESTEJA O CORAÇÃO
NA APARENTE FRAGILIDADE
TEVE DA GUERREIRA A NOBREZA
FOSTE JOANA D¨ARC,,,MULHER
POR MAIS QUE O TEMPO PASSE
NOS LEMBRAREMOS DA FACE
DE QUEM COMO ¨ELE¨OPEROU
FIZESTE DA ÁGUA, O VINHO.
TAMBÉM MULTIPLICASTES O PÃO
POUCOS ERAM OS TEUS RECURSOS
MAS MUITO TINHAS NO CORAÇÃO
ENTÃO QUERIDA, DESCANSE.
É TUA HORA DE REPOUSAR
A GENTE SEGUE POR AQUI
ATÉ QUE DEUS NOS LEVE
PRA CONTIGO, ENCONTRAR.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

FASCINAÇÃO


Um sonho mais lindo, sonhei..

assim, como na canção...

e continuei sonhando...acordado.

mil castelos ergui.

Mas o teu olhar, frio, sem emoção

fez-me obra sem estrutura

uma infeliz, criatura

o teu corpo é luz

não vou dizer que não

mas teu coração...

arruinado por opção

não sabe o que é o amor.

Não tivesses amor por mim...

Você não ama ninguém.

e vais morrer sem um quem

que possa teus olhos fechar

quando chegar o teu fim

como ando seguindo teus passos

eu estarei ao teu lado

quando tua hora chegar









hamilton brito