Meu primeiro livro virtual

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Soletrando: Até quando?

Folha da região
José Hamílton da Costa Brito
Terça-feira - 30/09/2008 - 03h01



Quatro da manhã
Levanta o cidadão
Queria um banheiro
Banheiro, não tem não
Tem privada de buraco
Lava as partes com sabão
Sai correndo pra labuta
E dinheiro pro transporte
O coitado, não tem não
Seus filhos vão pra escola
Pra comer nunca têm pão
E os panfletos tão na rua
Só falando de eleição
O coitado tem certeza
Melhoria, não vem não
Tem vontade de apelar
Mas se apega na oração
Inda bem que os seus pais
Sem dinheiro pra deixar
Lhe deixaram educação
E apesar dos contratempos
Bandidagem? Não vai não
Esta é a triste história
De um sofrido cidadão


Não se concebe que esses problemas não tenham soluções, sobretudo nos dias contemporâneos, nos quais as ciências alcançaram tão alto grau de excelência.


É revoltante ainda ouvir dizer que para fazer isso ou aquilo é necessário que se tenha vontade política. Por que não tê-la, nunca a tiveram então? Cabe a pergunta, uma vez que os problemas são sempre os mesmos e as soluções são sempre as mais utópicas e distantes da realidade. Por isso, persistem. Vejamos a questão da educação.


Quem não quer que o seu filho tenha acesso a uma boa educação? Mas o que se ouve é que educação não dá voto. Talvez por isso é que 3% das comarcas não possuam vara de infância e juventude, mais de 800 mil crianças entre 7 e 14 anos de idade estão fora da escola e ainda se espera que até 2011 a freqüência às creches chegue a 50% e 80% na pré-escola. Estarrece ainda a informação que em muitas cidades o secretário da Educação não sabe qual é o orçamento para a sua própria pasta. Ah! Esses números já diminuíram; pode ser, mas não desapareceram.


Segundo reportagem de revista semanal, municípios onde se gastou mais com educação, os prefeitos tiveram menos chance de se reelegerem ou elegerem seus sucessores. A que ponto chegamos.


Bem feito para mim, para você e para todos nós. Só um lembrete, o rap acima conclama a que se tome cuidado, quem um dia derrubou uma Bastilha, bem pode cismar de derrubar uma Brasília.
José Hamilton da Costa Brito é membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.

Declamação- Amigos Da AAL (ATA)

domingo, 28 de setembro de 2008

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espêlho de agora
Hoje és do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos defeitos somados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas cançôes que você nao cantava
Hoje assobia para sobreviver
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos, ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
hoje acredita que amam você



Oswaldo Montenegro cantor/compositor



MINHA PRIMINHA

Deus, não sei o que fazer...
Olha onde fui me meter.
Dela...eu nada sei!
O avô...ah! este eu amei.
Da mãe, eu nunca esqueci.
Mas ela, eu nunca a vi.
Mas, sendo neta de quem é
E a mãe, eu conhecendo.
Aqui no peito, to sabendo.
Que não é só um rostinho
Um sorriso muito lindinho
As belezas que ela tem.
Deus, ela é moça danada
Persistente, esforçada.
Não dá mole, eu te juro.
Saindo debaixo do teto
Foi pra longe, estudar.
Tá cuidando do futuro.
Deus, proteja-a do cramunhão
Está longe da mãe e do irmão
Sabe, é muita beleza sozinha
Então, te peço, Senhor
Me faça este favor
Cuide da minha priminha


Hamilton brito


sábado, 27 de setembro de 2008

QUEM SABE

Onde está o paraíso?
Tanto tempo o procurei.
Noites indormidas...
Tantas horas perdidas.
Procurei...não achei.
Por pessimismo manifesto
Então, de nada protesto.
No amor, não acreditei.
Meu semelhante... ignorei.
Deus! O que fiz de mim?
Vivendo sem esperança
Fui pelo caminho, só.
Ninguém a me acompanhar.
Não vi que a estrada era curta
E por comprida, que fosse.
Não poderia ser assim.
Aconteceu porque eu quis
Segui me destruindo...
Agora que a estrada já finda
Quem sabe eu possa, ainda.
O meu paraíso achar
Quem sabe, na curva da estrada.
Eu possa num lance de sorte
Em um olhar como o teu
O céu buscado, encontrar.


Hamilton brito

AMAR VOCÊ

amar você me fez assim
alguém perdido,mais perto do fim.
que durante toda a vida foi um tonto.
não me arrependo...amei você...pronto!
amar você foi contemplar estrelas
ter no corpo o vento das noitinhas
ver pássaros namorando nos fios.
sentir a aragem fresca das manhãs.
ver a relva nascer nas calçadas
mas...tudo na horizontal...
te busquei no fundo das garrafas.
não me arrependo...amei você...pronto!
amar primaveras, como o poeta Martinez?
Ah! primaveras eu não amei...
me dei melhor com os invernos
refletiam melhor a minha alma.
me dei melhor com o sol poente
tal qual o astro rei...me ia...
lágrimas de felicidade...algumas.
lembrança do afeto e do carinho
que vivemos naquele ninho
que construimos para nos dois.
amar-te, arriscada aventura
tua alma não era pura
Naquele tempo, eu percebi.
não me arrependo...amei você...pronto!
e se um dia decidires voltar
Amei-te sim...amei e pronto...
mas aqui não quero mais estar...



hamilton brito

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CANTO DA VIDA

...E DE REPENTE, ME VI LIVRE
VOANDO ALTO, QUAl FALCÃO PEREGRINO
E VOLTEI A SER MENINO...
ARGILA QUE A VIDA NÃO MUDOU.
CORRIA PELA CAMPINA.
NO REGATO DA CAMPINA, ME BANHAVA.
EM ENCOSTAS ÍNGREMES, SUBIA.
SEM O MEDO DE CAIR.
SENTIMENTO DE LIBERDADE.
ALHEIO A TODA MALDADE.
NO FUTURO,CONFIANTE...
DE REPENTE NÃO ERA MAIS ASSIM
ME VI CONDOIDO DE MIM
AO VER A FOTOGRAFIA
AQUELA MESMA, QUE UM DIA
O NOSSO AMOR REGISTROU
É, ESTA FOTO NÃO RASGUEI
ELA VOLTA, EU PENSEI
MAS VOCÊ NÃO RETORNOU
NOS MOMENTOS DE CONSCIÊNCIA
VEJO FLASHES DE FELICIDADE
VOLTO AO TEMPO EM QUE UM DIA
NAQUELE EM QUE VOCÊ ME QUERIA
HOJE, ARGILA AMASSADA
QUE OBRA DE ARTE NÃO DEU
JOGADO NUM CANTO DA VIDA
VÍTIMA DO AMOR QU¨ERA SÓ MEU


HAMILTON BRITO

QUE CONFUSÂO

Entenda como quiser
Eu não quero nem saber
Há uns trecos nesta vida
Que saber não vale a pena
Nego arma cada esquema
e vá a gente entender.
Veja só o que fizeram
na gramática da terrinha
É um tal de traço e ponto
Se encontra de todo jeito
E se a gente se confunde
Olha o texto com defeito
O diabo é o vestibular
E se o cabra aí bobeia
Olha o mal, já tá feito
Veja só este exemplo
na palavra bem-me-quer
na escrita, estão separados
Os que cultivam o bem querer
Eu não sei qual o tarado
que a escrita inverteu
e na palavra malmequer
juntou quem se fo...
e o professor de português
que na vida é burguês
te esfrega na fuça abaixo
o erro que você fez

hamilton brito

terça-feira, 23 de setembro de 2008

JOAO GOMES GUIMARÃES


João Gomes Guimarães, nasceu em Silveiras, no Estado de São Paulo. Filho de Pedro Gomes Guimarães e Constantina M. Lima Guimarães. Iniciou sua carreira profissional na rede ferroviária em Rio Claro, trabalho em Lins onde também foi coletor e veio para Araçatuba como Julgador Da Secretaria Regional Da Fazenda Do Estado De São Paulo, até se aposentar. Teve como descendentes: Pedro Gomes Guimarães Neto, José Nazareth Gomes Guimarães Sobrinho, João Gomes Guimarães Filho, casado com Ester Senna Guimarães, já falecida; Carlos Roberto Gomes Guimarães,casado com Aparecida Pena Guimarães,Vitorino Constantino Gomes Guimarães, casado com Marina Melo Guimarães, Ada Maria Guimarães, casada com Vicente Costa


JOÃO, TU ES PETRUS
Virtudes básicas: moralidade e compostura.Em todas as ações sociais, visava devolver ao menos favorecidos, uma dignidade que se esvaia: exemplo desta preocupação, foi o empenho dedicado naquela que foi a sua grande obra: a Creche Santa Clara de Assis..Em virtude de sua reputação construída na vida profissional e social, conseguiu abrir canais de diálogos em todas as camadas da população e assim, conseguia os meios necessários para as suas obras. Elas dificilmente sofriam qualquer processo de paralisação. Senhor João era metódico; gostava de respeitar horários. Sobretudo os de levantar, comer e descansar; gostava da sua cadeira de balanço, local de suas leituras dos jornais, revistas e livros. Destes, admirava o gênero policial, a ponto de ter uma coleção de Ellery Queen.Frequentava às missas, pois era católico fervoroso.Tinha um sonho...conhecer Brasília. Realizou-o acompanhado do filho Raul e sua esposa, dona Vilma. Emocionou-se com a pompa e circunstância do desfile de 7 de setembro. Era um homem sensível, não surpreende que tenha trabalhado em prol das crianças.Sem ser político, sabia como fazê-la em benefício dos necessitados.
Senhor João seguiu uma trajetória única na assistência social de Araçatuba.Nenhum outro se assemelhou a ele em elegância, em dedicação e em competência para estabelecer prioridades.Enquanto o mundo decidia se ficava na esquerda ou na direita, o senhor João ia em frente, sem partidarismos, com a firme determinação de melhorar a vida das minorias. Humilde, tinha o hábito de usar sempre o plural majestático; sabia reconhecer a competência e a dedicação da sua equipe.Compunha-a pessoas que tinham a mesma dedicação e entusiasmo que ele: dona Elza Zonetti, dona Martina Rico, Dona Maria dos Anjos, senhor Antonio Fileto, senhor Olegário Ferraz e sua dedicada esposa. Além da creche Santa Clara e Assis, são frutos do trabalho desta equipe a construção da capela do cemitério, reparo no Centro Social São José, assistência aos asilos, sobretudo ao São Vicente de Paula; qualquer necessidade na igreja matriz, monsenhor Vitor logo era atendido por qualquer deles ou pela equipe inteira. Não ficava preocupado com grandes causas ou realizações. Preocupava-se apenas com as possíveis e úteis e a elas se dedicava: a pequena e modesta capela do cemitério é um bom exemplo . Para conseguir o que queria para as suas obras, era uma pessoa bem articulada com toda a sociedade Araçatubense e seu nome era respeitado muito além dos limites desta velha senhora, como a chama o elegante e competente Napoleão Xavier.Os recursos que eram conseguidos primordialmente fora das esferas do governo, pois o gasto com o social era irrisório, não havia política para o setor e a desigualdade era considerável. M.de Conti disse: Algum dia, em algum lugar, hás de encontrar-te consigo mesmo. Só de ti dependerás. Então, que seja a tua hora mais amarga ou o teu momento mais sublime¨...e então, o senhor João teve o seu momento mais sublime pois foi a pedra sobre a qual se sustentou a esperança de muitos.


HAMILON BRITO Academia Experimental de Letras




CIDINHA BARACAT


Maria Aparecida de Godoy Baracat, nasceu no município de Macauba, estado de São Paulo, no dia 22 de fevereiro de 1937, na fazenda Perobal. Filha do Avelino Jerônimo de Godoy e de Deolinda de Andrade.Formou-se professora pela então Escola Normal, hoje magistério, no Instituto de Educação Manoel Bento da Cruz.Bacharel em Direito pela Instituição Toledo de ensino, de Bauru.Possui licenciatura curta em português e inglês pela Faculdade de filosofia de Araçatuba e plena em Português e latim pela Faculdade São Luis ,de São Paulo.Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Araçatuba. Pertence-lhe a cadeira número vinte da Academia Araçatubense de Letras.


E ENTÃO OS IPÊS FLORECERAM


Maria Aparecida...Cidinha...Cidinha é como a chamam carinhosamente. Mais que um nome, importa um jeito de ser e ela é tudo de bom.Hoje os ipês floresceram, as flores são vistosas e belas mas houve época em que o cultivo foi difícil. Sua única riqueza no começo da vida foram os pais; simples, sem muito estudo mas dotados da visão de que aquela menina inteligente poderia ir longe. A mãe foi sua primeira professora, assim como das criânças da fazenda. .Foi estudar no grupo escolar de Macauba, tendo feito o curso ginasial no Instituto Dr.Pedro de Albuquerque, em Sorocaba. Seu berço foi de ouro sim, pois seus pais não tinham as moedas mas, fora isto, lhe deram força,incentivo, entusiamo, características que possui até hoje.Veio para Araçatuba, onde proseguiu os estudos.Os ipês, então, bem tratados, começaram a mostrar suas primeiras lindas flores.Alguém ajudou-a a preparar a árvore. Obrigada, amiga Ruth! Trata-se da prima RUTH ANDRADE. Dona Ruth ,que foi professora de língua inglêsa no Instituto de Educação Manuel Bento da Cruz, de Araçatuba, ficou sabendo que tinha uma prima, menina inteligente e esforçada mas carente de uma melhor condição para estudar . Recebeu-a em sua casa e dona de uma aguçada percepção, logo viu que aquela ave poderia planar nas alturas.Tratou de dar-lhe forças nas asas.O obrigada, amiga Ruth ,não exprime a gratidão que se vê no olhar de Cidinha quando fala na prima.Thomas Sweel disse:¨ter cortesia e consideração com os outros é como investir centavos e receber dólares¨.O investimento, neste caso, não foi de centavos por tudo o que representou mas o recebimento em dólares, consubstanciou-se naquela que, chegando menina ainda, transformou-se em mulher responsável, competente, culta e já voando lá no alto. Começou sua carreira em 1958, na Escola Mista do bairro Jangadinha, sem luz elétrica. Tornou-se efetiva, na cidade de Mirandópolis, veio para Araçatuba em 1967.Lecionou na Faculdade de Administração de Empresas de Araçatuba, no Colégio objetivo, no Anglo.Fundou o Centro de Comunicação e Criatividade, hoje Centro de Comunicação Cidinha Baracat.foi presidente da Associação Lítero-musical de Araçatuba. Recebeu o título de cidadã araçatubense e ocupa a cadeira n.20 da Academia Araçatubense de Letras. Mas aos sábados, muito churrasco com a família e os amigos, ao som dos violões e cantando Inezita Barrroso, de quem é fã. Casou-se com Gilberto Baracat com quem teve os filhos Gilberto,Gislaine,Genise e Gisele.É avó de uma netinha de sete anos. Dona Ruth rejubilou-se, ali estava uma obra também sua e era bela. Mario Quintana disse que amar é mudar almas.Mudança na alma da Cidinha, acho que não houve.Certas almas já nascem prontas.Bem, o muito bom é que fui aluno das duas; da Cidinha...um montão.Ita vivam, ut scio...pois é, como a vida lhe corre solta nas veias, continua estudando e aprendendo.O faz em homenagem a seus pais, à dona Ruth e a todos os alunos que a procurarem. Como eu ,um dia. Então, plagiando, obrigado amiga Cidinha.

hamilton brito Academia Experimental de letras

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

MILTON FREIRE


Milton Freire é natural de Poconé, no Estado de Mato Grosso. Filho do senhor Francisco do Amaral Freire e da senhora Oliva Gomes Freire.. Começou os estudos na sua cidade natal.Possui licenciatura em Contabilidade, adquirida na escola Joaquim Dibo, de Araçatuba. No Instituto de Educação Manuel Bento da Cruz, fez a Escola Normal, hoje magistério..Na faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu licencio-se em Ciências Sociais. Em Pedagogia, licenciou-se na Faculdade de Filosofia,Ciências e Letrss de Tupã.Terminou os seu curso de Direito, em Araçatuba, na InstituiçãoToledo de ensino.


¨OS HOMENS SE TORNAM O QUE SONHAM SER¨


Milton Freire nasceu em Poconé, no estado do Mato Grosso e veio para Araçatuba em 1959; conheceu Sílvia Lucia Marinho e com ela se casou em 1966. São filhos do casal : Milton Freire Junior, casado com Adriana M.Freire; Mílvia M.Freire Souza Barros, casada comEduardo Villaça Souza Barros;Síltom Marinho Freire, casado Milene Leite Freire e a filha do coração, Sueli de Fátima Freire. Possuem netos e netas..
E foi estruturado nesta base intelectual e familiar sólida que Milton Freire viveu e lutou; tendo conseguido o respeito da sociedade Araçatubense, pela qual dedicou toda a sua vida
Milton foi um homem voltado para a comunidade; filantropo por vocação não se absteve em nenhum momento de lutar em benefício daqueles que precisaram do seu suor ou da sua inteligência.
Gostava de ministrar cursos; tanto para casais como para noivos, primeiramente dava o exemplo da sua vida, ensinava pelo comportamento pois tinha uma família bem constituída e bonita., depois sim, lhes passava as teorias de a sua ampla formação intelectual.
Por pura vocação, não desperdiçava um momento no qual pudesse ensinar.
Para os filhos foi sempre fonte de inspiração e de coragem; pelo exemplo mostrou-lhes como viver de maneira profícua e honesta.
Ainda no seu trabalho pela comunidade, foi provedor e procurador jurídico da Santa Casa de Araçatuba; dedicado às atividades Rotarianas, foi-lhe fiel servidor.
Reconhecendo-lhe os méritos, a Fundação Educacional de Araçatuba, da qual foi conselheiro-fundador, deu seu nome ao prédio do Serviço de Atendimento Psicológico.
A loja Maçônica, da qual foi membro, deu à sua biblioteca o seu nome.
Foi vereador por duas legislaturas e em épocas nas quais não havia remuneração; então, trabalhou para o povo e deste recebeu o título de Cidadão Araçatubense, honraria mais que merecida.. Na vereança, foi secretário e Presidente da câmara.
Dedicou toda a sua vida à Araçatuba para onde veio, tendo o seu primeiro emprego na Construtora Araçatubense, do senhor Elízio Gomes de Carvalho. Depois, prestou concurso para fiscal sanitário da Prefeitura Municipal; tendo sido aprovado, ai fez carreira.
No magistério, foi secretário de escola em Penápolis; foi também diretor.Lecionou história geral e do Brasil e geografia geral e do Brasil. Também deu aulas de Organização Social e Política do Brasil.Lecionou ainda em Santópolis do Aguapeí e Clementina e foi diretor em Rubiácea.
Pessoa sensível, romântica, gostava de escrever. Lia os clássicos. Gostava da música Sacra.
Ouvia também popular, sobretudo a francesa. La vie en Rose e La Mer eram suas músicas preferidas.
Diria que Milton Freire foi um intelectual Aristotélico, ou seja, ensinava o que sabia sem nada impor, deixava que as pessoas escolhessem o que lhes servia.Nunca impôs suas teorias, conhecimentos para quem quer que fosse.

Um homem dedicado à família, à sociedade, aos amigos. Araçatuba é uma cidade que pode se orgulhar dos seus filhos....Milton Freire foi um deles, seguramente.
E assim ele foi.
E assim ele se foi...mas deixou saudades.


ANTES DE MAIS NADA




POIS É, ANTES DE MAIS NADA Antes de mais nada, os meus respeitos às pessoas que estão submetendo os seus nomes à apreciação dos eleitores nesta eleição.Sei que o grande número de candidatos e o exíguo tempo disponível para cada um, impossibilita grandes e objetivos pronunciamentos, mas precisamos pensar no que ocorre.Não podemos aceitar o que se vê e sobretudo o que se ouve. Nos dias contemporâneos , com o avanço da tecnologia, possibilitando à população acesso á informação e consequentemente a edificação de melhor base cultural, assistir a todo este palavreado sem sentido dos programas eleitorais.Política é arte ou é ciência? Apesar das teorias pertinentes aos conceitos de ambas, existe a aceitação de que ambas se influenciam, pela proximidade que possuem. Enfocando que seja ciência, sabe-se que esta é adquirida ou estruturada , tem objeto proprio de estudo, uma linguagem propria, métodos e processos para estudo. Então, ser um Von Braun, qualquer um pode, desde que se dedique a estudar mas ser um Picasso... Pode dar cadeia. E falo do Picasso maior, e não do Picasso araçatubense.Então o mundo gira, tudo se transforma, mas nada se cria.Os programas eleitorais continuam sempre do mesmo jeito e a apresentação dos candidatos idem. Quem assiste a uma peça teatral mil vezes...Então se ouve : acredito que...,defendo...,reconheço...,lutarei...,valorizarei...,sou honesto...;sou isso e aquilo.Os problemas da cidade, todos conhecem; se quer saber o que o candidato pretende fazer, mas o como é igualmente importante. Exemplo: vou lutar pela qualidade de vida da população...Como? Vou valorizar as culturas regionais (só faltava falar que nao vai valorizar)... Como?O homem contemporâneo é pragmático, ou seja, voltado para a objetividade, voltado para a ação prática.Talvez seja por esse estado de coisas que o conceito de política , hoje mais que nunca, seja tomado, não pelo lado erudito mas pelo lado trivial, pejorativo. Resumindo, seja tomado como papo-furado.





hamilon brito grupo experimental aa academia




domingo, 21 de setembro de 2008

SANGUE AZUL


SANGUE AZUL


É PRECISO TER MENTE
QUE DEPENDE SÓ DA GENTE
A PROPRIA VIDA ARRUMAR
VEJA BEM QUE DISPARATE
VER ALGUÉM DO SEU QUILATE
COM VONTADE DE CHORAR...
TÁ, CHORAR NÃO É RUIM
LIMPA ÁS VEZES O CORAÇÃO
E DÁ CONFORTO, NO FIM
MAS A VIDA É ASSIM MESMO
E TEM DIA QUE NADA FUNCIONA
TUDO PARECE UMA ZONA
DÁ VONTADE DE MORRER
MAS JÁ DISSE, ÉS GUERREIRA
E NEM POR BRINCADEIRA
VAIS OS PONTOS ENTREGAR
E OLHA SÓ QUE LINDURA
MESMO A VIDA SENDO DURA
TU VOLTASTE A ESTUDAR
NÃO SEI SE É SOCIOLOGIA
PODE SER PEDAGOGIA
O IMPORTANTE É ENCARAR
QUANDO OLHARES NO ESPELHO
OUÇA AQUELA QUE LÁ ESTÁ
ELA, QUEM MELHOR TE CONHECE
VAI DIZER, TÃNIA, ESQUEÇE
E VAI BRIGAR PRA SER FELIZ
POIS A VIDA NÃO PERDOA
E NEGA, NÃO FICA BEM
SE A PESSOA TEM NA VEIA
O SANGUE QUE VOCÊ TEM


HAMILTON DE BRITO


quinta-feira, 18 de setembro de 2008


Eu não sei se é por demência

Ou por pura imcompetência

Que as poesias são assim.

Já vem lá do comecinho

Sendo sempre o mesmo tema

Vai enchendo até o fim.

É uma puta louvação

Quando não é babação

Só se fala em sofrimento.

Entra dia e sai dia

Não se vê mais poesia

Abordando felicidade.

Poetas novos? não tem...

¨Véio¨, na hora do amém

Só fala de amor perdido.

Pô, haja muita paciência...

Só papo de nego fudido...

Vos peço, meu poeta

Chega de papo furado

Do eu sou um desgraçado

Choradeira e reclamação

Não resolve a coisa,não

E faz mal pro coração







hamilton brito






VAI MESMO...


Por isso ou por aquilo

Te amando, te vejo distante.

Pensar em ti? todo instante.

Não podia mais ser assim.

Fazia tudo que você queria.

Não queria? não fazia também.

Os amigos...me gozando.

A famíla...só falando.

E você...me ignorando.

A barba, já não fazia.

Comer, eu não queria.

Trabalhar, eu já não ia.

Eu ia me fo...é, um dia.

Mas Deus que é nosso Senhor

Mostrou, po, não é amor...

Idiotice ou praga de madrinha!

Mas a minha, me amava.

Praga em mim? Ah! não jogava.

Então, que diabo é aquilo...

E o pior, no auge da festa

Puta coceira na testa.

Tive muita pena de mim...

E foi aí que a ficha caiu

Eu com pena de mim???

Vá pra puta que o pariu...

É hora de me mandar

Então, o momento aproveito

te falo do fundo do peito

Me despeço de você

Antes que eu me acabo

Te deixo o meu ADeus

E antes que esqueça

Vá pro meio do diabo





hamilton brito






segunda-feira, 15 de setembro de 2008

QUER SABER?


Reconstruir o passado...

Não acho que devemos mais.

Buscar o que ficou atrás?

O que acabou, acabado está.

E se falamos de amor perdido

Por certo é lembrânça má.

Sonhos,quimeras...coisas de poetas.

De tanto triunfar a ingratidão

Melhor ser pragmatico...

Não rende odes e poemas

Mas, bem melhor para o coração.

Quem nos fastará do que queremos?

Queremos mesmo? Há razão em perguntar.

Esta é resposta fácil de dar.

Nós. Nos afastamos do que queremos.

Nossas fraquezas nos impedem de lutar.

Somos um pouco testemunhas disto.

Amor com desejos irrealizáveis...

Estes nos tornam mais miseráveis.

Por incúria ou incompetência,vivemos a esmo

Quase sempre perdidos de nós mesmos.

Inebriados em nossas próprias fantasias.

Sim, ninguém tem o poder de ferir-nos.

Nem precisa.Somos competentes em fazê-lo.

Não há quem o faça com mais zêlo.

Reconheça...amor e desencanto...

Isto é pano jogado em um canto.

Somos prisioneiros das celas que construimos

E réus dos crimes que cometemos.

No amor, por mais que seja doloroso

No mais das vezes, nosso crime é doloso.

Quem pode nos incutir o mêdo?

O egoísmo, não saber o que se quer.

Não há que viver em amargura.

Tampouco tirar dos olhos a ternura.

Aí, é se perder de vez.

No mundo, não és única criatura.

Há alguém perdido na mesma tempestade.

Ela nos ensina, é só prestar atenção.

Depois da grande chuva, a bonança.

O irmão sol sempre volta a brilhar.

Ah sim! perdi o romantismo?

Endureceu-me o coração?

Possível...mas sofrer de amor outra vez

Amor consumido entre sussuros e ais

Sózinho na vida, no quarto, na cama?

To fora...comigo, nunca mais.

O outro poeta tinha razão, por fim

Pois , de agora em diante

Só vou gostar de quem gosta de mim




Hamilton Brito



segunda-feira, 1 de setembro de 2008

TCHAU, MAS TCHAU MESMO....




Hoje sou outra pessoa.


Ontem, eu era membro ativo de uma sociedade na qual a mola propulsora é a competição; estava preso à uma engrenagem que ainda gira, mas da qual me desprendi.


Estou solto, apenas solto mas não liberto, até porque foi uma liberdade que eu ainda não queria, pela qual não lutei.


Não estou mais preso ao contexto competitivo do sistema profissional, competição que dá vida e razão até para viver . Não luto mais no sagrado tatame do mercado.


Estou fora, estou longe dos meus queridos ¨inimigos¨, aqueles que disputavam comigo os palmos das pequenas e grandes conquistas.


Tenho saudades. Mas aprendi que o tempo gira, segue seu caminho, gostemos ou não. Vai deixando tudo pra trás...foi ai que eu fiquei.


Tenho raiva de auto-piedade, não é bom sentimento e a combato me agarrando com unhas e dentes à uma nova vida.


Estou interessado em viver, quero a vida e procuro levá-la a serio na medida da minha capacidade.Se temos que mostrar sempre o melhor, procuro fazê-lo.Procuro não ser o carro velho que só bebe ou o DC-10 aposentado,


Assim, não me permito pequenos vícios. Nem os grandes, pelos quais até tenho simpatia, mas a saúde , tanto a econômica quanto a financeira, não mais me permitem gozá-los.


As vezes, uma gafieira na periferia, um forró ali no sindicato, um videokê onde até recebo elogios.


Estas coisas todas, sabem como é: umazinha aqui, outra, ali, tá a fim, não tá, passe bem...


Outra coisa boa, não luto mais pra me livrar das minhas culpas, meu ego se encontra agora no seu devido tamanho. Minha vida está construida mas não acabada; agora estou dando os retoques, o acabamento.


Assim, entrei para a Academia Experimental de Letras, para o grupo de leituras desta propria academia, estou frequentando grupo de iniciação teatral, até articulista da Folha... pode?


Com estas atividades, deixei no tempo a minha vida profissional que se foi, a saudade que teimava em atazanar minha vida...nehuma lágrima rolou mais e nunca mais há de rolar.


Hoje amo o que sou e o que faço...hahahahah , sou feliz de novo. Vejam o que eu disse: de novo.


Nada mais peço para mim. Só para os que amo, e que pela graça do bom Deus, são em bom número.