Meu primeiro livro virtual

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Explicação? tem não.



Mas acontece cada uma neste mundo.Todos têm passagens marcantes para contar sobre amigos e conhecidos.Às vezes a gente fica sabendo de pequenos fatos que jamais serão esquecidos, que marcam a vida de certas pessoas.

Eu tive uma amiga, senhora já de idade, que era uma pândega. Dentre outras coisas, fazia o charuto mais gostoso do mundo. Ela tinha um genro, sujeito inteligente, técnico que cuidava da rede de transmissão da tevê Globo.Como ganhava muito bem, comprou logo uma Kawasaki de não sei quantas cilindrada. Um luxo.

Um dia, visitando a sogra, deixou a máquina fora da garagem; começou a chover. A velha senhora logo gritou:

-Filho, vem tirar a lambreta da chuva.

Certa feita, essa mesma senhora ficou doente e precisou tomar um medicamento chamado frisium. Gritava para a neta, que morria de rir:

Filha, tá na hora de tomar o meu freezzer.

Pensam que acontece só com pessoas idosas...tá certo!

Tenho um amigo cujo nome omitirei, que foi nomeado secretário de uma administração municipal do PT e que, por força das suas responsabilidades, viajava sempre para Brasília.

Contaram-me que na primeira viagem de avião, ele sentou-se perto da janela e não tirava os olhos do motor do aparelho; às vezes cochilava, balançava a cabeça, mas voltava a olhar fixamente para o motor. Uma senhora ao seu lado ficou com dó e disse:

-Filho, pode dormir sossegado que eu tomo conta do motor para o senhor.

E tem uma de outro amigo cujo nome também não digo, mas que é conhecido como O Poeta das Multidões, empresário atuando no ramo quiboeiro. Certa feita estava na frente do Tribunal de justiça em São Paulo onde um sujeito fora condenado à prisão perpétua. Perguntado pela imprensa que cobria o fato sobre qual teria sido a pena mais justa para o réu, disse:

-Prezados telpc...telepect....te-les-pe-cta-dores acho que a pena mais justa seria a metade da prisão perpétua.

Mas tem uma...

Em uma cidade aqui por perto, um senhor idôneo, bem situado na vida, respeitadíssimo no seu grupo social e profissional, um dia resolveu comer fora do coxo.

O danado, aproveitando uma tarde ociosa, foi em uma certa casa e mandou ver. Perdeu a hora e precisou sair na correria.Chegando em casa, foi ao banho. Estava fazendo a barba quando a porta abriu e entrou a cara-metade. Um grito e uma pergunta:

- Como o senhor explica isso aí?

Olhando para baixo, viu que por engano, havia colocado uma ceroula, modelo feminino, da dama que o presenteara com os seus favores...diabo, qual o nome da peça de roupa?

Imediatamente empurrou a mulher para fora do banheiro e disse:

-Não tem explicação


Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras..

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pelo meu aniversário de alguém por quem tenho muito respeito.

Tito Damazo Damazo publicou no seu Mural.

Tito Damazo escreveu:
"Zé Hamilton,
te abençõe a grandeza
de Miltom do Paraíso;
te abençõe a grandeza
do nosso Tom;
te abençõe a grandeza
do nosso Drummond;
te abençõe a grandeza
do nosso Miltom;
Zé Hamilton,
viva muito
para continuarmos
teimosos, saindo ou não tom,
construindo esta nossa canção"



Obrigado meu caro professor. Jamais sairemos do tom e caso aconteça, a culpa será do maestro.


domingo, 9 de janeiro de 2011

Creio sim, ora veja

Publicado na Folha da Região - Caderno VIDA - D2 - SOLETRANDO- 02/02/2011





Creio sim, ora veja....



O que é ser místico?
É ser crente; crer em uma religião ou em fenômenos e ainda em coisas sobrenaturais.
Bastou a razão não explicar e teremos um material para o místico se ocupar; geralmente ele buscará o entendimento crendo, acreditando em algo ou entidade que o ligue ao divino, ao sobrenatural.
Buscar explicação pela ciência não basta. Se a explicação não vem pela ciência, pelo saber, terá que vir de outra forma, pois sem resposta imediata, o místico não fica. Evoluir pelo conhecimento e pela compreensão gradativa que só a ciência propicia não se encaixa no amor maior, amplo, que o místico diz possuir e que segundo eles, carece aos demais.
O poder do ser humano me parece, se consubstancia no que ele sabe e não no que ele crê. O místico, todavia, vive mais em função do que ele acredita. Já ouvi dizer que todos somos místicos quando queremos a explicação do que nos cerca, quando queremos saber o porquê das coisas. Eu quero sim, saber, mas me valho da ciência, pois esta exige que aceitemos as suas leis, suas verdades provadas até aquele momento, coisa que as religiões não fazem. O dogma da Santíssima Trindade, acredita quem quiser. Eu, por exemplo, acredito.
-Uai! Então que diabo de conversa fiada...
Bem, eu creio, mas não é um creiiiiiiiioooo assim e a culpa é mais Dele que minha. Quem mandou que me desse o livre arbítrio, a inteligência e, sobretudo, me fizesse um fã daquele apóstolo que precisava ver para crer. Tudo é fruto de uma Deidade. Acreditei até que aparecesse um cabra, muito do safado, chamado Darwin. Bagunçou minha cabeça. Arrumou uma encrenca com a igreja, foi excomungado, depois foi perdoado pelo João XXIII que até pediu desculpas para a família dele.
Digo com sinceridade: gostaria de crer, sem reservas, integralmente...juro por Deus. E olha que sou ex-seminarista. Dizem que somos os piores...
De vez em quando me pego orando, sobretudo nos momentos de maior angústia e logo fico envergonhado e imaginando Ele me dizendo:
Uai Zé Mirto, você não vale a comida que come, só Deus, quer dizer, eu mesmo, tendo dó da sua alma.Não acredita piamente e vem agora com esta xurumela toda.Vai procurar o caminhão do qual você caiu, negão.
Acham que gosto desta situação?
Tenho do lado de lá, se é que existe mesmo um lado de lá, pessoas que me amaram muito e assim, sabem da minha angústia, das minhas dúvidas...nunca vieram me avisar:
-Sujeito, toma tento.
E não é de hoje a história. Vem de longe.
Sabem o que Kami? É a parte insubstancial de uma coisa ou pessoa....é a nossa alma, acho. É por isso que quando a alma dói, não tem analgésico que dê jeito...ela é insubstancial.
Sabem o que prega o xintoísmo?
Prega o culto natural de mitos e lendas nas quais ninguém acredita sinceramente, mas veneram totalmente...pode?
Não é mais ou menos o que fazem....deixa pra lá, que já fui excomungado uma vez pelo bispo. Lembram da história da laranja, da faca e do garfo?
Não quero virar as costas para a herança cultural que recebi da minha família, para toda uma criação esmerada e até porque....e se é tudo verdade?
Chego no céu e faço ou falo o quê para o Homem? Digo que mesmo com a minha crença meia-boca, procurei fazer o que Ele pregou, vai bastar?
E pior, olho por cima dos ombros Dele e vejo o Consa todo pimpolho junto aos anjinhos e suas harpinhas, cantando Lenha e, reclamando, ouço:
-Uai sujeito, você foi Secretário da Cultura em governo do PT?

membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras.