Meu primeiro livro virtual

quinta-feira, 23 de junho de 2011

" Homossexualismo: evolução da espécie ou erro de Deus"


Homossexualismo: evolução da espécie ou erro de Deus?


Nos dias atuais, muito se fala sobre os direitos das pessoas do mesmo sexo que formam um casal, de terem uma situação civil que lhes determinem direitos e deveres, já que proverão um patrimônio comum e deverão ter o respeito da sociedade à qual pertencem.
Não fora, acho, a situação vista pelo prisma religioso, não haveria maiores problemas posto que a sociedade se organiza por um arcabouço de leis que lhe oriente a atividade, a dinâmica social, a interação.
-Bem, mas quando se fala em casal se fala em família?
-Sim, fala-se em família e é só ver o que fala o mestre Aurélio: Pessoas unidas por laços de parentesco, pelo sangue ou por ALIANÇA...ipso facto!
Mas voltemos às questões religiosas: elas dizem que Deus criou o homem e a mulher para que repovoassem a terra pela procriação e c’est finit. Tudo o mais é safadeza porque como dois....um menino e uma “ menina” poderão procriar?
Como pode ser safadeza?
Alguém, sabendo de antemão que viveria em uma sociedade sendo marginalizado, muitas vezes perseguido física e moralmente iria ESCOLHER ser homossexual?
Então o que há é muito discurso e em todos os tratados encontra-se o termo ACREDITA-SE ao invés do SABE-SE; realmente o discurso é diversificado e muitas vezes, falta-lhe lógica.
Assim para afastar-me da linha do acredita-se e aproximar –me da do sabe-se, enveredo-me pelas possibilidades levantadas pela ciência e opto por aceitar que a questão é genética; são fatores hormonais que determinam a atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Ninguém foi capaz de determinar e isolar tais fatores e fica difícil falar em mutação ou evolução da espécie, mas Cristo, é o que há de mais lógico.
Há quem diga que Deus colocou um espírito feminino em um corpo masculino. Olha, se alguém provar que Deus é Corintiana eu acredito, pois só um danado destes poderia fazer tamanha sacanagem.
Na verdade, nenhuma das teorias para explicar o fenômeno possui raízes muito profundas, mas umas vão mais a fundo que outras. Assim, as explicações que levam a favor da predisposição genética são mais lógicas e passiveis de aceitação.
Existe o homossexualismo no reino dos animais e ai eu pergunto: eles escolheram, fizeram opção por morderem a fronha?
Pesquisas abalizadas mostram que entre os camundongos existe em grande escala e tudo indica que é para evitar a superpopulação. Melhor falar sobre por esse prisma científico do que vir com a prosa de que a ciência não explica o caso à luz da palavra de Deus.
Li de uma lésbica que os pais dela não sabiam da sua condição de homo e que sofria muito pela situação em que vivia, um tormento constante. De um amigo homo ouvi que ele, apesar de ter vencido as primeiras barreiras de rejeição, ainda sofre por não ser aceito em certas mesas. E escolheram viver assim, são safados?
Então, perguntar se uma pessoa tem o direito de ser homossexual me parece perda de tempo, pois ela seria de qualquer forma, tendo ou não direito. Logo, que ela seja com os seus direitos reconhecidos por lei.
Quanto menos o sujeito entende do assunto, quanto mais sem condição de lidar com as diferenças humanas, mais homofóbico ele é e quando a rosca aperta para valer, ele parte para o fundamentalismo religioso.
Como diz um amigo meu: se o meu padeiro me respeita e me entrega um pão muito gostoso, que diferença faz ele, o padeiro, ser vi... homo ou não. Homo é politicamente correto.
Para finalizar essas mal traçadas reitero que não se avalia o caráter de ninguém pela sua condição sexual e reitero mais ainda: não se trata de opção. Ainda acredito mais nessa do que em outra teoria, mas, aposto, é a única que está mais próxima da verdade, A ciência vai prová-lo um dia.

Membro do grupo experimental da Academia Araçatubense de letras, do site aracatubaeregiao.com , da ciadosblogueiros.blogspot.com e Academia Virtual Poética Brasileira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PRESERVANDO A TRADIÇÃO


Preservando a tradição


há quem diga que o mundo não tem jeito, que as pessoas, sobretudo os jovens, não prezam mais os valores e os costumes dos seus.
Não preservar a tradição é não termos meios de, através da nossa historia, saber o que somos e porque somos.
Nas Culturaças, a cada mês realizadas em uma praça da cidade, levadas a efeito pela Secretaria da Cultura , vê-se que não é bem assim. Que a premissa com a qual comecei este texto, não é verdadeira. E não cheguei à conclusão usando método dedutivo ou indutivo...apenas compareci aos eventos, que a propósito, deveriam ser mais prestigiados pela população, sobretudo por aqueles que fazem cultura em nível, digamos, mais elevado. Eles poderiam, inclusive, participar e mostrar outras possibilidades, plantando no seio do segmento cultural chamado popular, o interesse pela cultura mais erudita.
Alem dos tradicionais cantores de moda de viola e outros estilos sertanejos ou ainda da presença dos blocos das folias de reis, vi com satisfação gente nova, moças da mais elogiável beleza, mantendo a tradição e preservando, por exemplo, a catira.
Você por exemplo, sabe o quê do catira?
Afinal, é o catira ou a catira...pode ser os dois.
Saiba que ela é do folclore brasileiro. É aquela dança na qual os dançarinos batem os pés no chão ao som das violas, na maioria das vezes, duas. Tem uma coreografia que quase não muda, apenas sofrendo alguma variação, dependendo do local onde é preservada.
Os índios e os peões são mais citados como os que lhe deram origem, não descartando, porém, os negros.
No início era uma dança executada só por homens, que, colocando-se em duas fileiras, seguiam o toque da viola executando o chamado “ rasqueado”. Assim, batiam os pés dando pulos e batendo palmas no ritmo dos instrumentos. Depois as mulheres começaram a dançá-la.
Homens e mulheres usam trajes comuns, geralmente calça, camisa, botas, camisa e gravata, dando preferência às cores fortes, vistosas.
Como instrumento, as violas; as palmas sempre acompanham as notas emanadas das cordas.
Outra manifestação popular é a folia de reis. De origem portuguesa, é um auto de natal.Recorda a visita dos três reis magos ao menino Jesus que nascia. O Terno de reis, o Rancho e o Bumba-meu-Boi são as danças dramáticas. O mais característico das folias é a Bandeira.Há quem diga que milagres foram realizados por ela. Casas são escolhidas para serem visitadas. Os blocos são compostos de um número que varia entre 10 e 20 pessoas.
E não temos só as duas citadas, como manifestação cultural popular no Brasil. Ainda temos o jongo, a congada, Moçambique, lundu, calango e outras mais. Quantas dessas você conhece?
Em nossa região vemos mais a folia de reis e a catira, mas outras, como exemplo, o Vale do Paraíba, preservam o jongo e o caxambu para eternizarem a memória dos negros que constituíam a mão-de-obra escrava daquela região.
Mas na verdade com este texto, quero homenagear a moçada que se preocupa em manter o ideal de cultura dos seus pais, preservando a memória e a tradição da sua gente. Enquanto tantos jovens estão pelos shoppings e nas baladas, desfilando seus modelitos, moças tão bonitas quanto não se envergonham de serem chamadas de caipiras e se apresentam cheias de graça e beleza, seja nos tablados populares, seja nos palcos sofisticados.
“ Quando eu morrer , minhas memórias vão se perder. Mas não quero que se percam. Tenho de dá-las para alguém que tome conta delas...”. Assim disse Rubem Braga.
Estão todos de parabéns. Uns por terem mantido suas tradições e outros por continuarem a fazê-lo.

Hamilton Brito, membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras, da ciadosblogueiros.blogspot.com,do site araçatubaeregiao e da AVPB.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Se eu falo vocês não acreditariam. Ta aí....

Transcrito do blog : PIMENTA E POESIA - Visitem-no
MARIA TEREZA MARÇAL CARDOSO
Itaúna. MG.


domingo, 29 de maio de 2011VOCÊ

JÁ ALIMENTOU SUA ALMA HOJE?

É bíblico: "Nem só de pão vive o homem...", no meu caso, nem só de pão integral, granola e cia., porções de frutas variadas e saladas coloridas, 0% disso...0% daquilo (gorduras trans e acúcares). É preciso buscar os 99% de sentido e beleza, os 100% de alegria e prazer. Foi pensando nisso que Deus permitiu que os homens publiquem suas obras, roteirizem suas histórias, pintem seus quadros, modelem suas esculturas, componham suas músicas, criem suas receitas, expressem a beleza e a contudência da alma por meio das palavras. Foi por isso que Deus salpicou o tempero da poesia em algumas criaturas, as cerejas do bolo das suas criações, o Créme de La Créme, como dizem os franceses. Cientistas, cozinheiros, músicos, poetas, artistas, alquimistas que sintetizam porções de alma para nutrir a nossa. Eu sou uma pessoa que necessita muito disso: estar com a alma alimentada. Tenho fome de vida, de beleza, de poesia. Olho em todas as direções e mesmo sem querer, poetizo. Não consigo não enxergar a poesia, ela me persegue e eu a persigo, quando nos encontramos é sempre um êxtase, um encontro sagrado. Talvez seja por isso que tenho grande dificuldade em lidar com pessoas frias, pouco gentis, amargas, sem tempero. Gosto de gente temperada, até mesmo destemperada, porque para o destempero ainda há jeito...mas para a ausência de alma, nem com eletrochoque de poesia. Nem um banho de imersão no legado de Vinícius de Morais, Tom Jobim, Cecília Meireles, Drummond, Mário Quintana, Fernando Pessoa, Ferreira Gullar, Rubem Alves, Guimarães Rosa, Florbela Espanca, Adélia Prado, Cora Coralina...Hamilton Brito...Poetas que transformaram e transformam palavras em alimentos vivos, pra gente saborear e sentir a vida pulsando e o coração batendo forte. E entender que viver é muito mais que o espaço entre segundas feiras, compras, gastos, contas a pagar, problemas a resolver, pesos a perder, rugas a diminuir, filhos para criar, alunos para ensinar, reuniões para cumprir.
Nesse domingo maravilhoso tomei meu café da manhã saboreando sim, meu novo cardápio saudável, mas a poesia estava na mesa, junto ao meu Amor e na presença de um amigo poeta muito especial. Presença viva, porque há pessoas tão especiais que são capazes de ser, sem estar. Sou uma mulher de muita sorte. Trago a poesia pra cada canto da casa e a vida se torna tão feliz como um café da manhã de domingo. Eu me alimento da poesia e ela de mim.


"A coisa mais fina do mundo é o sentimento".
(Adélia Prado - Ensinamento)


Imagem: Foto de Adélia, mineira de Divinópolis que, apesar de reconhecida e famosa, continua vivendo em seu sítio, na região. Não pinta os cabelos, nem faz plásticas: essa é Adélia Prado. (livrosliteratura.blogspot.com)



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