Meu primeiro livro virtual

quarta-feira, 9 de junho de 2010

VOCÉ É O ESCRITOR

O Menino que sonhava de olhos abertos
Parabéns!

Agora você também é o escritor.
Primeiro você recebeu o livro O Menino que Sonhava de Olhos Abertos, escrito originalmente por Galeno Amorim. Depois, pensou sobre a história. E, principalmente, sobre como quer que seja a nossa cidade no futuro. E, então, escreveu outro capítulo para esta história. Ou seja, o seu final para o livro!
Clique aqui para acessar O prêmio é meu! e ver como o livro O Menino que Sonhava de Olhos Abertos (do qual, a partir de agora, você é o co-autor, junto com o Galeno) ficou.

Um abraço do Galeno e da Fundação Palavra Mágica
O prêmio é meu!

Nome: José Hamilton Brito
Cidade: Araçatuba./SP

E foi com espírito agitado que Ribeirinho cresceu. Em função da religiosidade da mãe, acabou fazendo seus primeiros estudos em um Seminário. Lá teve que aprender uma nova língua que tinha uns casos chamados nominativos para onde ia o sujeito e o predicativo do sujeito, acusativo que era o caso do objeto direto, que a preposição ad regia objeto direto... Nossa!!! Uma confusão dos diabos!!! Ainda bem que mataram a maldita Língua e ele não se ordenou.

Fora do Seminário, fez um curso de Letras e um outro de Direito e até que se aposentou. Meio perdido na vida, ficou sabendo de um grupo que se dedicava às coisas da Literatura. Era um grupo criado e orientado pela Academia de Letras da cidade. Fez sua inscrição e participou com entusiasmo das atividades do grupo: encontros, palestras em escolas, saraus, publicação de livros, redigiu textos para o melhor jornal da cidade, dentre outras atividades.

Todos os anos, a Secretaria de Cultura da cidade, promovia um concurso nacional de contos, com dois níveis: um nacional e outro regional. Ribeirinho se inscreveu. Nesta altura dos acontecimentos, já era avô, pois até para fazer jus a sua condição, o tempo passou como um flash, mas aquele garoto de outrora continuava ali dentro dele.

Tanta era a ansiedade, que sonhou que recebera um telefonema.

- Aqui é da Secretaria da Cultura, o senhor está convidado a comparecer na Câmara Municipal para receber o prêmio de primeiro lugar do concurso de contos.

- Minha Nossa Senhora!

Dentro do mais belo terno que pode encontrar, se apresentou. Foi com toda a família, melhores amigos e conhecidos do Grupo Experimental e da Academia de Letras da cidade.

Algo fez Ribeirinho parar e pensar que nunca tinha feito planos para tudo aquilo... as coisas iam aparecendo e ele ia aceitando ou não e a vida... indo. Se o desfecho que se pronunciava em sua vida era o melhor ou não, preocupado não estava; aliás, nunca esteve. Estresse? Uai, o que é isso?

Característica mantida desde os tempos de criança: ainda era um perguntador de mão cheia; na verdade, nunca pedia nada para Deus. Era mais de agradecer. Mas corria atrás. Tinha a mais absoluta convicção de que cada um tinha que fazer a sua parte. Certo ou não, agir era preciso. Assim, como navegar.

O sonho tornou-se realidade. Conquistou o esperado prêmio. Na Câmara estavam presentes muitas das pessoas às quais ele tinha incentivado para que buscassem prazer na literatura. Foi o jeito que encontrou para preparar a sua comunidade para o futuro. Não plantou árvores, ou melhor, poucas, mas escreveu livros e os distribuiu o quanto suas posses o permitiu.

Ali, parado, em frente à mesa da Presidência, rodeado por todos, chegou a seguinte conclusão:

- Cheguei lá... o lá é o aqui e o agora... então o prêmio vai... para miiimmmm!!!!!

Um comentário:

Rita Lavoyer disse...

José Hamilton! Parabéns!

A melhor história contada por nós é a nossa, a nossa história.

Isso é digno de aplauso.

Estou feliz porque você foi escolhido, digo, a sua história escolhida para compor o final do livro.
Continue. Sempre acreditei no seu talento. Estou tão feliz por você!

Torço demais pelas pessoas que eu gosto. A minha alegria é tanto quanto a sua.
Abraços
Rita Lavoyer