Meu primeiro livro virtual

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O QUE QUERO DE VOLTA


                                               ESCREVIVÊNCIA
                                              TEMA - QUERO DE VOLTA
                                               Coord.     Cidinha Baracat



“ Quero que voltes, quando volta a primavera...”
O homem, muito antes de ter sido formulada a famosa teoria Cartesiana, já observava e pensava no que via. Pensando foi agindo e modificando as coisas para si e os seus. O velho e bom René, que de tonto não tinha nada, formulou a teoria e partiu para colocar o seu nome no panteon da glória.
Assim o progresso foi surgindo provocando mudanças cujas conseqüências eram ora boas, ora não tão boas assim e algumas vezes, verdadeiras desgraças.
Como já foi pedido aqui com o tema “Quem mudou o comboio da minha vida” comecei a sair da condição de ser passivo para o de ativo quando passei a ter as minhas próprias experiências e com elas assumindo atitudes e comportamentos para melhorar o caminho que eu iria percorrer. Eu começava um ciclo que se repete desde que o mundo é mundo...Um elo para formar a corrente chamada humanidade e sua história.
A história universal mostra as particularidades de cada época, o que nela se fez de bom ou de ruim e o que ela provocou no caminhar do homem. Sempre foi assim e assim será sempre.
Como se diz, o mundo caminha para frente. Uma geração sucedendo a outra e cada uma com um script escrito por ela mesma.?   A que nos antecedeu deixou, por exemplo, o avião. Maravilha! Mas foi também arma de destruição. Como enfrentar uma doença dolorosa sem a morfina. Mas ela também provoca estragos se mal usada. Dá para imaginar extrair um dente sem anestesia?
Quem gostaria que a fase anterior a estas conquistas voltasse?
Voltar ao primitivismo...Nem pensar. Lá também havia problemas.
Bem, então o que eu gostaria que voltasse?
Difícil dizer.
Vejo as mazelas de cada época como coisas naturais que as pessoas têm que aceitar. Eu aceito bem as da minha época.
Saudades eu tenho...Muitas.  De ver as crianças nas ruas nas tardes com os seus jogos, enquanto os pais, nas calçadas e em suas cadeiras conversavam com seus vizinhos. Das velhas tardes de domingo, como cantou Roberto Carlos, nas filas compridas para a sessão das seis no cine São Francisco para depois ir desfilar no footing. Da cerveja antártica do casco verde bebericada nas mesas do Pingüim ou ainda das brincadeiras dançantes na rua Floriano Peixoto, Bancários ou T. Maia. Quando passo em frente ao Instituto de Educação Manoel Bento da Cruz, tenho saudade das conversas naquele murinho que fica em frente e também ouço perfeitamente o Carlos Gonzaga abrindo os trabalhos da quermesse para a construção da Creche Santa Clara de Assis, cantando Diana. Houve aqui na sala quem teve saudade dos malhos,  nos escurinhos e nas poltronas durante os filmes.
Nós construímos aquela vida e querê-la de volta...Não dá. Haveria conflito com esta geração que quer construir a sua própria história, para chorá-la depois. Como fazemos hoje,
Talvez se houvesse hoje a mesma proximidade uns dos outros que tínhamos naquele tempo, a mesma solidariedade e não houvesse a busca desenfreada de sucesso e bens materiais, as coisas poderiam ser melhores. Não que não tivéssemos nossas ambições, mas não éramos escravos delas.
Acho que este espírito eu queria de volta.
O resto, não é possível e como sou um homem pragmático, o impossível...
Mas alguma coisa eu faço. Todos as manhãs eu me pergunto:
-O que posso fazer, hoje, para melhorar um pouquinho mais?
_ Respondo e procuro fazê-lo.
É o jeito de me adaptar aos novos tempos.

Hamilton Brito é membro do grupo experimental da academia araçatubense de letras e da ciadosblogueiros.blogspot.com

2 comentários:

Rita Lavoyer disse...

O que não conseguimos ter de volta são os benefícios que deixamos de aproveitar quando não valorizamos os nossos ancestrais.
Se procurarmos mantê-los vivos ( não somos partículas deles?), pois não são as suas sabedorias que matêm viva a raiz dessa árvore genealógica em que nos encaixamos em cada cacho que ela produz?

Não devemos viver no passado, mas trazê-lo, sempre, no seu devido valor. Doravante seremos passado e eu não quero nem me lembrar das dores de dentes e tenho certeza que a ciência evoluirá mais ainda para desenvolver uma morfina que não me cause alergia. Aff! o trem é brabo!

Embora o ferro passe,uva passa também e onde passa boi passa boiada... Ahhh!
Promete me lembrar de você, sempre com carinho.
E não me esquecerei de levar o meu documento quando for comprar uma latinha de cerveja quando for presenteá-lo.

HAMILTON BRITO... disse...

kkkkkkkk leva porque sen'ao levar o homem mais feliz do mundo vai tomar [agua com a;ucar