Meu primeiro livro virtual

sábado, 18 de outubro de 2008

DOIDURA



Não, não há qualquer truismo.

Nosso amor foi sempre assim.

Eu pensava te amar

E não te amava tanto assim.

Mas você é dicotômica

Facilidade ao decidir.

Não entendia! tu aceitavas

O meu constante ir e vir.

Você sendo exotérica

tinhas facil compreenção

Eu que não percebia

Perdido em meu animismo

Toda a sua percepção.

Tu me amavas só com o corpo

Na alma? nada...ninguém.

Meu querer tão aurifulgente

Em contraste com o teu

Se podemos chamar de amor

Esse ¨trem¨que você me deu.

Se um amor pode ser funéreo

ao teu posso chamar assim

Mas eu creio no atanatismo

E a heurística vou praticar

E antes que se dê a ida

Outro amor vou encontrar

Vá você, nesse mundo utópico

Todo viciado de falácias

Se destruindo aos poucos

Até que te faltem as hemácias

Eu sigo o meu caminho

Meu mundo, meu campanário.

Hein! não entendeu nada?

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Hamilton Brito




2 comentários:

Ventura Picasso disse...

Mirtu:
"...tu me amavas só com o corpo
na alma? nada...
Amigo poeta, na minha opinião essa é a melhor forma de amar. Nesse formato, quem pode tomar posse de quem?
Deixe o tempo passar, só isso estará contigo no paraízo, de resto, as coisas acabam ficando por aqui.

Francisco Castro disse...

Excelente poema! Um grande abraço