Meu primeiro livro virtual

sábado, 11 de outubro de 2008

UM AMIGO JOSÉ GERALDO MARTINEZ POETA


Eu tenho um amigo, no mínimo, interessante: José Hamilton da Costa Brito! Um belíssimo cantor das noites Araçatubenses e agora dando os primeiros passos na crônica e poesia, mostrando a todos nós quem tem quilate. Por que interessante? O Brito - para quem não o conhece - mostra-se como uma figura explosiva, do tipo "sem travas na língua"! Bastante crítico e autêntico, além de questionador, faz deste meu amigo uma pessoa de certa forma "temida" à primeira vista! Não é raro vê-lo em calorosas discussões com outros amigos e nos mais variados temas.
Acontece que este mesmo Brito é um menino! Sim! Um menino! Daquele que ainda se emociona facilmente, quando se recorda da infância vivida em fazenda, cuidado pela tia. Seus olhos verdes logo são cobertos por lágrimas saudosas de um tempo onde aquele menino ainda sonhava com um futuro, longe daquelas pastagens rurais. José Hamilton da Costa Brito é um menino! Que ainda chora quando fala da netinha, que ainda sofre com um amigo e que ainda esconde seus medos entre óculos e cabelos grisalhos. Dentro de suas bermudas e tênis, chega cantarolando à nossa volta e não demora para escutarmos uma das mais belas vozes do nosso interior paulista.
Naquele exato momento, ele abandona o menino e deixa cantar o artista e nesta viagem nos leva para "Os sonhos mais lindos". Por certo, muitas almas vão se juntando, misturando-se vivos e mortos. Parece que vejo Altemar Dutra chegando para escutá-lo! Não bastasse... Miltinho Rodrigues ao lado de Adoniran Barbosa, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves... Este é o meu amigo Brito! Que conhece boa parte do Brasil e conta dele suas interessantes histórias do tempo de laboratório! Quando não, lembra das carteiras da Faculdade, que lhe agraciaram com o diploma de advogado. Deixa o palco da noite vestido de cantor e logo sisudo briga por seu São Paulo e, contestador, duvida da eificácia do pacote econômico americano. Não tarda a chegar o menino, quando a madrugada é alta e lá vai ele de bermuda e tênis, lembrando-se de seu pai. Nesta hora, despede o homem e, no imaginário, deita-se no colo do velho e ali dorme em lembranças infindas de um tempo. Enquanto longe, pareço escutar Altemar... "Quero contigo meu velho"... Chora ele, chora eu!

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