Meu primeiro livro virtual

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FATOS SEM FOTOS





Amo a minha cidade de encantos mil embora ela não seja a maior, mais rica e linda deste território ao qual chamamos de Brasil.
Aqui acontece e se vê cada uma que só aqui mesmo...e nem tudo a gente fica sabendo.
Hoje mesmo eu ia pela rua do Fico rumo ao centro da cidade e numa esquina onde temos um pequeno estabelecimento comercial , vi uma mulher alta, cabelos pretos e muito bem arrumados, sobrancelhas impecáveis, um longo de fina estampa, muito bonita e....havaianas no pé e uma vassoura de piaçaba nas mãos, varrendo a calçada...destoou.
Também vi em um restaurante de bom nível, um que fica ali na entrada da cidade para quem vem de Birigui, uma moça também maravilhosamente produzida, loira padrão Grace Kelly, dentro de um longuete que emoldurava lindo corpo e o namorado ou acompanhante....bermudão, daqueles que vão até o meio de uma perna peluda; o desgraçado do chinelo raider e camiseta... cavada.
Se sou mulher, me produzo para alguém e este alguém aparece assim mando-o para a...para a....é mesmo, para a....
E tem mais, se me convidar para fazer amor, levo-o para meu sítio e lhe apresento a primeira cabrita que aparecer pela frente.
Ainda ontem coloquei no face uma das aprontadas do meu amigo Heitor Gomes, vulgo poeta das multidões.
O danado produziu na sua micro empresa uma espécie de travesseiro, com um encosto de pescoço diferente do que até agora se viu. Realmente confortável era para ter bom mercado.No entanto, vejam só o slogan promocional adotado: Compre o nosso travesseiro e durma como um verdadeiro cadáver.
Nem umzinho vendeu.
Outra dele aconteceu quando os bancos adotaram o sistema dos cartões de conta. Tendo um de débito, dirigiu-se ao terminal eletrônico para saque de dinheiro.
Esqueceu a senha.
Dirigiu-se para a parte traseira do terminal, encostou a boca naquelas aberturas de ventilação e disse baixinho:
_ O meu, quebra a minha ai que esqueci a senha.Sou o Heitor Gomes, o poeta das multidões.
Mentira minha? Juro por Deus!.
Tenho um amigo, não digo o nome pois o carinha é blogueiro famoso, tem posição, vai ser pai, que vindo de São Paulo pela Tam, sentou-se perto da janela e não tirava os olhos do motor do avião. Nem piscava. Puro medo. Ah! ele tem um rabinho de cavalo invocado.
Uma senhora apiedou-se do coitado e disse:
-Senhor, pode dormir até Araçatuba que eu tomo conta do motor.
Tem um cavaquinho famoso na cidade....cavaquinho que eu digo é um virtuoso neste instrumento que quando cisma com o cantor, enfia o dedo por baixo da corda mi e estoura a coitadinha. Depois, com a maior cara de pau diz:
-Ah! Que judiação, justo na sua vez...
Obs. Este texto foi escrito antes do falecimento do seresteiro Carlos Santiago. Estava no arquivo.
E tem uns espertinhos. Um amigo estava em uma reunião de fim de noite, churrasco, cerveja e violão; os assuntos se sucedendo.
De repente, para mostrar erudição fez uma citação e quis dizer o nome de um sociólogo, esqueceu e não pestanejou:
-Lafuente Estefania...
Deveria ter dito Ortega y Gasset.
O papo continuou e chegou a hora de dizer adeus.
Na saída, um amigo chegou perto e perguntou:
-Como é mesmo o nome do sociólogo:
-Ora, Lafuente Estefania.
_ ah! Ta, ele escrevia também aqueles livrinhos de bolsos contando histórias do faroeste., lutas de rancheiros contra índios, duelos em OK Curral...sei.
E para terminar, tem aquela outra história do meninão que arrumou uma linda namorada. Foi ficando cada vez mais espaçoso, cada vem mais “ forgado” e com a varanda às escuras entrou no clima, passou para uma quinta marcha e...a luz acende e a porta abre em “uníssono”.
Resultado. Foi para o hospital para tirar o zíper que ficou enroscado no....no...no pé de açucena que enfeitava a varanda


Hamilton Brito, grupo experimental academia araçatubense de letras, ciadosblogueiros.blogspot.,com e site aracatubaeregiao.com,br

4 comentários:

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Um verdadeiro pout-pourri de mini-causos, um melhor que o outro. Parabéns, Hamilton. Sua prosa despojada é sempre um momento de relax! Meu abraço.

HAMILTON BRITO... disse...

Mini-causos e tudo verdadeiro. Rapaz, os meus amigos nao deixam com que eu morra de tédio.Cada hora é um.

Rita Lavoyer disse...

Estou passaaaando!
Peraí que eu vou ler.
(demorando um pouco para leitura)
Hum...
Vai ser papai o cara?
Hum...
Não acredito!

Fazer o quê? Quem conhece acredita mesmo.

Cidadão Araçatuba disse...

Ô Zé vamos e atualizar né! Bom em relação a camisa cavada eu concordo contigo, mas a bermuda? È vestimenta obrigatória nesse calorão de 39 graus!
Parabéns pelo texto!
Abraço!