Meu primeiro livro virtual

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cala a boca, Maurice...




Publicado na Folha da Região
Dia 29 de setembro de 2010
Caderno VIDA - SOLETRANDO - D2






Uma Academia de Letras tem a finalidade de cultivar a língua e a literatura nacional. Temos a nossa aqui em Araçatuba e os objetivos acima mencionados, ela luta por cumprir.
Fui buscar no discurso de Machado de Assis, no longínquo julho de 1987, a certeza de que os nossos acadêmicos procuram atender ao apelo que o grande escritor fez no seu discurso de posse, como presidente:
“ Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira”
Fiat lux....lux, no caso, o Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras.
Criador e criatura, hoje, esquecendo ligeiros e ocasionais percalços, se integram em cultivar a língua e a literatura nacional. Ultimamente, também a literatura “ da casa”, posto que diversos autores da cidade tiveram suas vidas e obras levadas às escolas na Semana da Literatura. O meu grupo, já no ano passado, falou da escritora Rita Lavoyer. Este ano, falamos de Marilurdes Martins Campezzi e de José Geraldo Martinez.
A meninada quis saber sobre eles, o que faziam, onde moravam, disputaram os seus livros e se entusiasmaram...parece que desconheciam que aqui temos os nossos escritores e que eles são tão bons quanto.
“ os confrades e confreiras que, até agora, mais deram respaldo a Helio Consolaro nesta significativa obra que é o Grupo Experimental da AAL... foram Cecília Ferreira, Tito Damazo e Lúcia Piantino”
Ainda estão presentes; mais diretamente Cecília Ferreira, Marilurdes Campezi, Yara Pedro e mais à distância, mas nunca negando uma palavra de incentivo e carinho os demais, dentre os quais, destaco por imperioso, o professor Tito, a acadêmica Maria Luzia Vilela, minha querida amiga e a minha também muito querida, professora Maria Aparecida Baracat.
Mas voltemos ao Maurice, que outro não é senão o Maurice Druon, autor da sanguinária obra Chat dês Partisans; o cidadão, na velhice, deu uma de machista, bombardeando a entrada das mulheres na Academia Francesa de Letras. Dizia que elas, se admitidas, fariam grupos “ tricotando” durante as discussões sobre o dicionário.
Mon Dieu! Não seria “ bunitinho” ver a Lula, a Cecília, a Yara, a Cidinha, a Pinhatino, dona Maria Luzia, fazendo os seus tricozinhos durante as reuniões acadêmicas?
Ainda bem que o Maurice perdeu a batalha; esteja onde estiver, o danado deve estar vendo o que estão fazendo as nossas acadêmicas.
...e Deo Gratias!

Hamilton Brito, membro do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras

4 comentários:

Patrícia Bracale disse...

Puts, é muita coisa, agora eu vou ter que saber tricotar...

Rita Lavoyer disse...

Caro amigo! Fico feliz pela lembrança.
Grande abraço

Marisa Mattos disse...

Uau...esse cara precisava estar vivo pra assistir a mulherada,heim amigo?Só aqui na Araçatubacity ele ja punha a viola no saco...se é que me faço entender...ehehehehhe...

Marisa Mattos disse...

Ué....estávas na página de uma...ehehehhehee....